Polícia perto de solucionar homicídio
Rutinha teria sido morta por se negar a dividir crack com o assassino

A Polícia Civil praticamente solucionou o homicídio de Rute Bello dos Santos, a Rutinha – encontrada seminua e coberta por um edredom ensaguentado em um matagal, na Rua Lótus, no Jardim Santa Clara, no Bairro Campina da Barra, na segunda-feira passada, dia 6. De acordo com o delegado-chefe, Haroldo Luiz Vergueiro Davison, os policiais colheram depoimentos de pessoas que afirmam ter visto um homem andando com o mesmo edredom no dia anterior ao crime e apreenderam com ele uma barra de ferro que pode ter sido usada.
“Temos 80% desse homicídio solucionado. Detivemos o denunciado algumas vezes para averiguação, e ele é com certeza o autor. É um usuário de drogas, andarilho, sem paradeiro. Estamos trabalhando para colher mais provas materiais que comprovem o envolvimento dele”, afirma Davison. “Encaminhamos a barra de ferro para o Instituto de Criminalística examinar. Também esperamos o resultado do comparativo do DNA dele com material encontrado na vítima. Isso tudo para fundamentar um pedido de prisão provisória ou preventiva do suspeito”, explica o delegado.
Conforme Davison, o homem teria matado Rutinha porque “na mente doente dele” ela teria engolido pedras de crack para não repartir com ele. O criminoso teria tentado retirar a droga do corpo da vítima inserindo a barra de ferro pelo ânus dela. O procedimento bárbaro teria estourado órgãos internos da mulher e vísceras dela teriam caído no local do crime. Pelos indícios, a Polícia imagina que ela não tenha sido morta exatamente na área em que foi encontrada, e sim perto dali, e depois tenha sido arrastada pelo pescoço – daí os sinais de morte por esganadura.