Plenário lotado para acompanhar a eleição da mesa da Câmara
A eleição para escolha da direção da Câmara de Vereadores gera tanta briga porque é o presidente da Casa que detém o poder sobre o andamento de projetos de lei pelo legislativo, bem como define o que entrará ou não na ordem do dia das votações. Além disso, quando um grupo de edis consegue maioria para definir todos os integrantes da mesa diretora, ele também assegura a possibilidade de indicar os integrantes das principais comissões permanentes da Casa, que são Justiça e Redação (CJR) e Finanças e Orçamento (CFO).
Com o poder de decidir o que entra e o que não entra na ordem do dia, bem como o de indicar os integrantes da CJR e CFO, os vereadores, caso queiram, podem dificultar razoavelmente a vida do chefe do poder Executivo. Isto porque regimentalmente, são vários os prazos que a Câmara tem para analisar determinados projetos. Prazos estes que muitas vezes não atendem a celeridade com que o prefeito deseja que certas proposições sejam aprovadas. Logo, em certos casos, a simples decisão do presidente da Câmara e dos vereadores que compõe a CJR e CFO de respeitar a integralidade dos prazos a quem tem direito para analisar os expedientes encaminhados pela Prefeitura pode engessar o andamento de obras e programas da administração.
A conquista da direção da Casa ainda representa cargos em comissão extras para dividir. Isto porque além dos sete assessores a que cada vereador tem direito, existem outros vinte CCs que são de livre nomeação do presidente. E este cargos, normalmente, acabam sendo repartidos entre os vereadores que se unem para conquistar a direção da mesa.