Proporcionar a reinserção de detentos na sociedade é o objetivo do Projeto Liberdade Construída, criado há quase três anos para dar oportunidade de trabalho a presos da Colonial Penal Agrícola. Detentos que estão em fase de cumprimento final de pena, participantes do regime semiaberto, fazem parte do programa para que possam se familiarizar com o ambiente de trabalho e sentir valorização pessoal.
A iniciativa é uma parceria entre a empresa Risotolândia Indústria e Comércio de Alimentos e a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania – SEJU/Departamento Penitenciário (Depen/PR), em conformidade com a Lei de Execuções Penais nº 7.210/84. De acordo com a legislação, os presos podem trocar três dias de trabalho por um dia a menos na pena, além de receberem remuneração de 75% do salário mínimo nacional.
Implantado em setembro de 2008, o projeto começou com a participação de 13 detentos, e hoje já tem 64 trabalhadores, divididos em dois turnos.
Antes da inserção na empresa, os detentos passam por avaliação no serviço social, psicologia, segurança e jurídica dentro do próprio Sistema Penitenciário e depois disso são encaminhados para a realização de exames admissionais, o que faz parte das normas da empresa para a contratação de funcionários de todas as áreas.
As vagas são dirigidas para homens e o trabalho é acompanhado por um agente penitenciário. Porém, no ambiente de trabalho não há qualquer diferenciação entre os funcionários, que dividem o mesmo espaço nas refeições, usam o mesmo uniforme e participam dos treinamentos junto com toda a equipe.