Reintegração de posse permanece sem solução
Invasão no Costeira cresce a cada dia e a operação para a retirada das famílias deverá ser gigantesca

Continua sem solução a invasão de uma área situada na Rua Presidente Costa e Silva, no bairro Costeira, que iniciou no dia 6 de outubro. O terreno já abriga centenas de casas e há informações de que mais de mil famílias estão acampadas no local. A ocupação de terra já completou dois meses, mas até agora, mesmo com a ordem judicial já expedida pela justiça de Araucária em 5 de novembro, a reintegração de posse não foi cumprida.

Segundo a assessoria de imprensa do comando da PM em Curitiba, a reintegração ainda não foi cumprida porque uma negociação entre a corporação, a Prefeitura de Araucária e o Governo do Estado está em andamento. As reuniões têm como objetivo a indicação de um local para remoção destas famílias.

Sobre a questão, a Secretaria Municipal de Urbanismo – SMUR alegou que até o momento não foi realizada nenhuma reunião com a PM para tratar especificamente da invasão na Rua Presidente Costa e Silva, no bairro Costeira. “Já participamos de reuniões com a PM para resolver problemas relativos a outras invasões de terras, mas não esta do Costeira. O que a Prefeitura fez até agora foi cumprir todos os procedimentos que lhe dizem respeito, como aplicações de infrações e multas e ficar no aguardo do cumprimento da reintegração de posse”, explicou a SMUR.

Ainda de acordo com a secretaria, a questão não envolve a realocação das famílias, pois a invasão é recente e não está consolidada, o que justificaria a intervenção por parte do Município.

A caminho
O 6º CRPM confirma a existência de cerca de mil famílias na área invadida e afirma que a operação para cumprir a reintegração de posse é um trabalho extra, pois vai demandar efetivos de quatro batalhões e deverá durar mais de 24 horas. O Comando também confirmou que é preciso encontrar um local onde estas famílias possam levar seus pertences quando tiverem que desocupar a área invadida.

Comentou ainda que nos próximos dias o caso deverá ser encaminhado à Coordenadoria Especial de Mediação dos Conflitos da Terra – COORTERRA, e de lá seguirá para a Secretaria de Estado da Segurança Pública – SESP, de onde deverá sair a ordem para a operação de retirada das famílias.