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A superlotação de salas de aula continua a pre-judicar alunos e professores das escolas estaduais do Paraná. Em Araucária, os colégios Julio Szymanski e Fazenda Velha estão sentido na pele o drama de possuir salas de aula com mais de 40 alunos, quando o ideal seria, no máximo, 35.

Enquanto a Secretaria de Estado da Educação (SEED) segue a resolução nº 864/2001, que determina que o número de alunos por sala para o ensino médio deve variar de 30 a 45 alunos, os diretores das escolas protestam, afirmando que este percentual pode comprometer a qualidade do ensino.

“No dia 21 de março estivemos na Assembleia Legis- lativa para reivindicar que uma de nossas turmas não fosse fechada, além de protestar contra esta resolução e pressionar o Estado, através da SEED, a criar um projeto que estipule a quantidade máxima de alunos em até 35”, denunciou o diretor do Szymanski, Jurandir Salustiano Pinto.

Ainda de acordo com ele, os alunos não são como animais, que devam ficar empilhados nas salas. “A SEED fica imputando a culpa nos diretores, alegando que nós é que queremos fechar turmas, quando na verdade queremos que os alunos sejam tratados com mais dignidade e respeito e tenham um ensino de qualidade”, acrescentou.

Segundo o diretor-auxiliar do Szymanski, Álvaro José de Freitas Baptista, professor de Geografia há 20 anos, os problemas com as turmas lotadas aumentam com a falta de estrutura física. “Por ser um prédio antigo, temos salas pequenas. Os professores reclamam muito, pois em turmas superlotadas é muito difícil trabalhar. Temos turmas com 45 e com 49 alunos e isso compromete a qualidade”, diz.

Situação normalizada
No dia 22 de março, representantes do Núcleo Regional da Educação (NRE) da Área Metropolitana Sul, estiveram no colégio para vistoriar as turmas e verificar se havia superlotação.
Segundo informações da assessoria de imprensa da SEED, a situação em Araucária já foi contornada e não há nenhuma previsão para o fechamento de turmas.

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