Coe se responsabilizou pelas negociações.
Foram necessárias quase três horas de negociação com a polícia para que Adenilton Rodrigues de Souza, 32 anos, sem passagem pela polícia, liberasse a cunhada que mantinha como refém sob a mira de uma arma em um posto de combustível na Rua Pedro de Alcântara Meira, no bairro Fazenda. O sequestro aconteceu na sexta-feira, às 21h45, e, de acordo com depoimentos, tudo ocorreu porque Adenilton não aceitava que a mulher havia o abandonado.
De acordo com o escrivão da Delegacia da Mulher, Laertes Oliveiras, o autor do sequestro, que mora em Contenda, ao perceber que a mulher tinha saído de casa, se direcionou à Rua das Palmeiras, no Jardim Itaipu, onde tinha descoberto que ela estava. “Ao chegar à residência, onde o pessoal estava fazendo um churrasquinho, ele já pegou a cunhada, menor de idade, que ele acusa de ter contribuído para o fim de sua relação, e deu uma chave de braço e colocou sob a mira da arma”, afirma Laertes. Assim, pegou a ex-mulher, a cunhada menor de idade, a tia da cunhada menor e o namorado dela, dono da Parati usada na deslocação, e ordenou que fossem para Contenda.
No caminho, o namorado da tia afirmou que a Parati não possuía gasolina suficiente para chegar a Contenda e, então, pararam no posto para abastecer. “Nesse momento, a PM já havia recebido um aviso de que Adenilton tinha pegado as pessoas. Quando chegaram ao posto, o namorado da tia foi pagar com cartão a gasolina e pediu para avisarem a Polícia”, afirma o escrivão. A Polícia Militar, em poucos minutos, isolou a área; nesse momento, as outras vítimas conseguiram escapar e somente a cunhada menor de idade ficou como refém. Policiais do Comando de Operações Especiais (COE) se encarregaram das negociações até que ele se rendeu e liberou a vítima.
. Adenilton não tinha passagem pela polícia
Negociação
Conforme explica Laertes, Adenilton era suspeito de ter abusado sexualmente da cunhada e, por este motivo, a esposa o teria abandonado. “Ele não aceitava a separação, achava que a mulher tinha o traído” afirma Laertes. Quando os policiais chegaram ao local, a primeira informação era de que poderia ser um assalto, no entanto, logo descobriram que se tratava de um sequestro. O Coe foi acionado e assumiu a negociação. Adenilton estava confuso e exigia que a esposa entrasse no carro com eles. No início da negociação ele não se mostrou disposto a se entregar, mas com as técnicas de negociação, o Coe conseguiu o convence-lo a se entregar. Ele foi levado para a delegacia do município e autuado pelo crime. Adenilton está detido, acusado de sequestro, lesão corporal e porte de arma.
