Apresentação no Teatro da Praça arrancou aplausos do público
Crianças e adolescentes com paralisia cerebral se apresentaram no Teatro da Praça neste domingo, dia 07. O grupo chamado Guerreiros do Hip Hop, do projeto Ciência em Arte, de Curitiba, tem como objetivo a reabilitação e inclusão social dos integrantes, que possuem de 4 a 22 anos. O projeto, que acontece desde 2008, é todo fundamentado na fisioterapia.
O araucariense Eduardo Moraes Coutinho, 12 anos, é um dos integrantes do grupo, e foi por intermédio da sua mãe Maria José Moraes que o grupo veio se apresentar na cidade. Segundo Maria, seu interesse em apresentar o grupo aqui foi mostrar que é possível ser feita uma fisioterapia de qualidade e que as crianças com paralisia cerebral podem mostrar que têm talento.
A paralisia cerebral provoca grandes limitações no desenvolvimento psicomotor, dependendo da localização e do tamanho da lesão. Para tentar minimizar os efeitos da paralisia, tratamentos multidisciplinares, como a dança, ajudam na reabilitação. Joseana Wendling Withers, fisioterapeuta e coordenadora do projeto Ciência em Arte, diz: “o projeto ajuda a melhorar a vida dessas crianças e adolescentes tanto no aspecto físico como no desenvolvimento de novas habilidades motoras.”
As atividades exercidas pelo grupo melhoram tanto a vida da pessoa com a paralisia, quanto a da própria família, pois a família acompanha a melhora das crianças e adolescentes, e as acompanha nas suas apresentações.
História do Grupo
A proposta para o projeto foi apresentada ao ambulatório de especialidade do Centro de Neuropediatria do Hospital das Clínicas, que aceitou a inicialização do grupo com os seus pacientes. O Projeto começou com cinco adolescentes e ao longo do tempo chegou a 30, que se apresentam em três turmas distintas.
Joseana trabalha na área de reabilitação neurológica, e afirma que, diante das experiências com essa realidade, pensou na hipótese de adequar e utilizar os movimentos praticados nessa modalidade com um instrumento fisioterápico eficaz e prazeroso para reabilitar os jovens com a paralisia cerebral.