Mais uma vez o Núcleo Integrado de Saúde (NIS III) é alvo de crítica dos usuários. Eles sofrem com a superlotação e a falta de médicos. O transtorno chega a casos extremos e os usuários estão revoltados com o atendimento.
Na tarde de quarta-feira, dia 24, um funcionário aposentado da Prefeitura esteve na redação do Jornal O Popular para relatar os problemas que teve ao procurar os serviços do NIS. Ele contou que esteve no Posto na noite de terça-feira, dia 23, porque estava com a pressão alta, e ficou aguardando das 20 horas até a meia noite. “Eu fui atendido horas depois que cheguei e eles sequer mediram a minha pressão. Me colocaram em observação, mediram a minha glicemia duas vezes (ele é diabético) e me mandaram pra casa”, disse.
O problema é que o aposentado voltou no dia seguinte (quarta-feira), com os mesmo sintomas e, desta vez, disse que esperou cinco horas para ser atendido. “Fiquei aguardando um tempão de novo, e eles mediram minha pressão e a glicemia de novo e me mandaram pra casa. Nem fui medicado. A gente chega aqui e as atendentes não têm educação. Além disso, a recepção é péssima”.
Outro usuário que não quis ser identificado falou que chegou a esperar três horas na fila e que o essencial seria que houvesse mais médicos para atender a população, “Isso está uma vergonha. Nós precisamos de mais médicos e essa situação tem que mudar. Isso é uma humilhação”, reclamou.
Problema comum
Sobre o problema, a Secretaria Municipal de Saúde informou, através da assessoria de comunicação, que as reclamações da demora no atendimento ocorrem em todos os municípios, inclusive em Curitiba, onde os usuários alegam que o tempo da fila de espera nas Unidade de Saúde 24 horas é de 4 a 6 horas em média, em dias e horários de pico de atendimento.
No NIS III, conforme a assessoria, o tempo de espera raramente chega a mais de 2 horas em dias e horários de pico de atendimento, e, pelo critério de classificação de risco, os casos mais graves são atendidos com prioridade.
(M.B.)