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A briga por uma das onze vagas na Câmara de Vereadores de Araucária foi disputada por 138 candidatos. É claro que a maioria deles não tinha a menor chance. No entanto, é só depois depois da apuração das urnas que é possível entender a importância dos chamados escadinhas. Tome como exemplo o caso do candidato mais votado nestas eleições. Alan Henning (PMDB) fez 3.016 votos.

Embora tenha sido uma votação expressiva, ela representa pouco menos da metade da quantidade de votos que o partido ou coligação precisou fazer para eleger um edil.

Acontece que a eleição para vereadores é feita no chamado esquema proporcional, onde o número de votos necessários para ficar com uma cadeira na Câmara é calculada dividindo-se o número de votos válidos pela quantidade de vagas disponíveis no legislativo municipal. Em Araucária tivemos 69.047 votos válidos para vereador. Ao dividirmos isto por 11 temos 6.277. Este é o chamado coeficiente eleitoral.

Para saber quantas vagas cada partido ou coligação terá direito na Câmara basta dividir o número total de votos obtido pelos partidos ou coligações por 6.277. O número inteiro que resultar desta divisão significa a quantidade de cadeiras conquistadas pelo grupo.

Sobras
Havendo vagas restantes (é o caso de Araucária, onde sobraram cinco), aplica-se uma outra fórmula: divide-se o número de votos válidos de cada coligação ou partido que atingiu o coeficiente eleitoral pelo número de cadeiras por ela conseguidas na Câmara, mais um. Depois, deve-se ver quais coligações fizeram as maiores médias, e ir distribuindo as vagas restantes na ordem decrescente, até que as vagas sejam completadas.

Exemplos
Veja o caso do PMDB/PPS/PC do B. Eles fizeram 15.241 votos. O que resulta em duas vagas inteiras. Para calcular a sobra, pega-se os mesmos 15.241 votos e dividimos por três (2+1). Como foram cinco as vagas que sobraram, os partidos ou coligações que tiveram as cinco maiores médias de sobras ficam com as vagas.

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