Vereadores eleitos fizeram campanha “franciscana”

Os onze vereadores eleitos para a próxima legislatura da Câmara de Araucária declararam gastos relativamente modestos à Justiça Eleitoral em suas prestações de contas entregues no último dia 6 de novembro.

Para ter um ideia da quão paupérrima foi a vida dos onze eleitos nos três meses em busca do voto do eleitor araucariense, somando as doações que eles informaram terem recebido para custear suas campanhas, chegamos à cifra de R$ 505.641,77. Exatamente: os onze eleitos disseram ter arrecadado pouco mais de meio milhão de reais, sendo que suas despesas ficaram em R$ 504.107,21.

Dos que se saíram vitoriosos em 7 de outubro, o mais econômico em sua prestação de contas foi Francisco Carlos Cabrini (PP), que arrecadou e gastou apenas R$ 13.601,06 no processo de convencimento de seus eleitores. Percentualmente, aliás, é como se Cabrini tivesse gasto apenas R$ 5,75 por voto.

Já a maior prestação de contas entregue por um eleito nestas eleições pertence ao engenheiro Clodoaldo Nepomuceno Pinto Jr. (PT), que declarou ter arrecadado R$ 100.502,00, sendo que suas despesas também alcançaram esta cifra. É como se cada voto tivesse custado para Clodoaldo R$ 45,77, o mais caro destas eleições municipais.

Doadores
Um simples passar de olhos nas prestações de contas dos eleitos já é o bastante para constatarmos que a maior fatia do dinheiro que bancou as campanhas veio dos próprios candidatos, de seus assessores e de familiares. Os edis que se elegeram apoiando o candidato à reeleição, Albanor José Ferreira Gomes (PSDB), também receberam muitas doações deste para custear a campanha. Na tabela ao lado, o leitor pode conferir os principais financiadores dos onze eleitos.

Análise
A prestação de contas dos candidatos já está sendo analisada pela Justiça Eleitoral, que tem até o dia 11 de dezembro para se manifestar acerca da aprovação ou reprovação das contas dos vereadores eleitos.

Vereadores eleitos fizeram campanha “franciscana”