Muitos jogam lixo eletrônico na natureza
O desmatamento, a poluição do ar, da água e do solo e a disposição inadequada dos resíduos sólidos domésticos e industriais são grandes vilões da degradação ambiental. Mas ultimamente um novo problema tem crescido e vem causando prejuízos ao meio ambiente: o lixo eletrônico.
Isso porque a velocidade com que as tecnologias são substituídas, principalmente os telefones celulares e computadores, se acelerou e muitas pessoas não sabem o que fazer com estes equipamentos obsoletos.
Uma pesquisa encomendada recentemente pelo Jornal O Popular ao Instituto Paraná Pesquisas, que levantou várias questões políticas e sociais no Município, apontou que apesar de mais da metade dos entrevistados separar o lixo orgânico do reciclável, a grande maioria não separa as pilhas, baterias e eletrônicos, pois não sabe onde levar, ou diz não existir um lugar para isso.
Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, na área residencial o cidadão pode deixar o aparelho eletro-eletrônico que deseja descartar junto com os demais materiais da coleta seletiva (recicláveis). O lixo eletrônico é recolhido pelo caminhão e vai para o Centro de Processamento e Transferência de Materiais Recicláveis (CPTMR), onde é separado e encaminhado para uma empresa que faz a destinação final dos componentes.
A SMMA explicou ainda que, no caso de grandes geradores desse tipo de lixo (comércio e consertos de produtos eletrônicos), os mesmos são orientados pela Secretaria a levarem esse material diretamente no CPTMR. E embora grande parte dos fabricantes orientem os consumidores a devolver o produto danificado para descarte, o Meio Ambiente lembrou que na prática ainda são os municípios que fazem a reciclagem dos mesmos.
Consórcio
No mês de outubro o Consórcio do Lixo (Curitiba e RMC) deve se reunir para definir uma logística reversa desses materiais junto aos fabricantes, que serão responsáveis por indicar um local mais adequado para o descarte de produtos eletro-eletrônicos na grande Curitiba e RMC.
E se você deseja obter mais informações ou tirar dúvidas sobre a coleta seletiva feita pela SMMA, entre em contato pelo telefone 3614-7480.
Chumbo na água
O principal problema do lixo eletrônico é que na maioria das vezes ele vai parar em aterros sanitários junto com o lixo comum, e como os aparelhos contêm metais pesados, como chumbo, níquel e cádmo, as consequências são terríveis para o meio ambiente.
Um exemplo está nos monitores e televisores de tubo. Com a popularização das telas de cristal líquido, eles são descartados aos milhares. Cada um contém, em média, 1,4 quilo de chumbo. Uma camada do metal fica logo atrás da tela, para proteger o ser humano dos raios catódicos emitidos pelo tubo de imagem. Se ingerido, o chumbo causa danos ao sistema nervoso e reprodutivo.
