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Todos nós sabemos que estamos nesta terra somente de passagem. Somos passageiros no trem da existência e aqui é uma viagem que mais cedo ou mais tarde vai chegar ao seu final. Todos somos viajantes, com um destino certo: a morte. A vida neste mundo é finita, é passageira, e, mesmo aqueles que viajam por muito tempo, um dia a sua viagem vai chegar ao seu final. Quando alguém chega aos cem anos, achamos que viveu muito, mas, se comparado com a eternidade, a sua vida foi muito breve. Temos dificuldades de aceitar esta realidade e, quando alguém toca no assunto da morte, logo buscamos mudar de assunto. Parece que ela nos amedronta, nos causa temor, porque, na verdade, não sabemos o que nos espera do lado de lá. Aqui, diante das necessidades diárias, sabemos qual é o remédio para cada problema. E como será a outra vida? Um grande mistério, indecifrável, incompreensível pela mente humana. Então, quando acabar esta vida, tudo terá terminado definitivamente?
Para nós que cremos, a morte física não é o fim de tudo, mas, o início da vida eterna. Uma vida plena, mas vivida em outra esfera. Os fariseus, um grupo presente no tempo de Jesus, acreditava na ressurreição, mas, como continuação desta vida. É como se na outra existência, daríamos continuidade àquilo que realizávamos neste mundo. Jesus vai nos garantir que a realidade será outra, com uma vida plena, no encontro definitivo com o Pai. E mais: ele nos garantiu que quem tivesse fé nele e na sua palavra, procurando viver de acordo com ela, não morreria, mas viveria eternamente. Ele mesmo se apresentou como a ressurreição e a vida, e quem crer nele, não morrerá jamais. Mas, mesmo assim, a outra vida continua sendo um grande mistério, somente decifrável quando estivermos nos braços do Pai.
Enquanto isso, só nos resta viver plenamente essa vida, de acordo com os valores pregados por Jesus no evangelho. A nossa vida neste mundo só encontra a sua razão profunda de ser, na busca da vivência daquilo que Jesus ensinou, através de palavras, gestos e ações. E, toda a vida de Jesus, foi uma verdadeira doação, entrega, serviço gratuito, em prol daqueles mais necessitados e sofredores. Uma entrega feita de amor pleno e total, a ponto de morrer por nós na cruz. Ele não fez absolutamente nada pensando em suas vantagens, em seus interesses pessoais, pelo contrário, a sua grande preocupação era com a felicidade de cada ser humano. Ele via cada indivíduo como alguém sagrado e, digno de um profundo respeito e compaixão. Ele veio apresentar ao mundo o verdadeiro rosto de Deus, carregado de misericórdia, sobretudo, com os pecadores, pobres, doentes e abandonados da sociedade. Ele mesmo afirmou: não são os sadios que precisam de médico, mas os doentes.
Como passageiros no trem da vida, somos chamados a passar por este mundo amando e fazendo o bem. Na medida em que nos colocamos a serviço dos outros, fazemos a experiência da verdadeira alegria, que brota no encontro com o outro. Nada se compara neste mundo, com o bem que fazemos em prol de quem necessita. Essa atitude, nos coloca na dinâmica de uma vida diferente, que vai nos conduzindo para uma vida mais plena e total: a vida eterna. O amor a Deus e aos irmãos, nos realiza já aqui na terra e, com certeza, nos prepara para uma vida mais plena e total na eternidade.

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