Ao longo dos últimos dias surgiram alguns questionamentos acerca do valor que está sendo investido pela Prefeitura na reforma e ampliação do banheiro da Praça Vicente Machado. A licitação foi feita em 2022 e tinha valor máximo de R$ 450 mil. Duas empresas disputaram a fase de propostas do certame e a vencedora foi a Construtora OCV Ltda., que está executando a obra por R$ 407 mil.
O banheiro em questão é aquele que fica bem ao lado da Igreja da Matriz, em frente à agência do Banco Itaú e que por muitos anos teve como “zelador” o conhecido Aroldo da Praça.
Depois de pronto, o novo banheiro terá áreas exclusivas para o público feminino, masculino e para pessoas com deficiência (PCD). Na área feminina estão previstos quatro sanitários, além de três lavatórios. Já na masculina serão dois sanitários e quatro mictórios, além de lavatórios. Haverá também o espaço com sanitário para PCD e lavatório. O projeto inclui ainda fraldários.
Embora o valor possa chamar a atenção, os técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento (SMPL) explicam que os preços que embasaram a concorrência estão contidos na chamada Tabela SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), que é a referência oficial para a elaboração de orçamentos públicos da nova lei de licitações.
Em nota, a Secretaria de Planejamento explicou ainda que a reforma e ampliação desses banheiros foram idealizadas para melhoria das instalações sanitárias, ampliação do número de sanitários, criação de instalação adaptada a PcD, área de fraldário e maior qualidade na iluminação e ventilação dos ambientes, bem como a manutenção do painel artístico que ornamenta o espaço. “O projeto prevê argila expandida na cobertura que ajudará no resfriamento térmico do local. A ventilação cruzada foi pensada para melhorar a circulação interna do ar natural. Haverá ainda o reaproveitamento da água da chuva para regar as plantas do local. A economia de água também ocorrerá com a implantação de torneiras com aeradores que controlam a vazão de água. Na parede do fundo, o lado para o Santuário Nossa Senhora dos Remédios, o projeto prevê uma fachada verde com plantas naturais que ajudam no controle térmico” informa Lauri Lenz, superintendente de pesquisa e planejamento urbano da Prefeitura.
Ainda conforme a Secretaria de Planejamento, os custos da obra também foram influenciados em virtude do local onde ela é realizada: espaço de difícil acesso de máquinas e equipamentos, o que obriga que alguns serviços que em projetos maiores são executados mecanicamente precise ser feito de forma manual. “Outra questão relevante a ser levada em consideração são os custos dos serviços imediatamente pós pandemia. A elaboração do orçamento da obra utilizou como referência a tabela SINAPI datada de julho de 2022, período em que havia incertezas na economia e falta de insumos no mercado, como aço, material elétrico e outros, que que acabaram encarecendo os custos finais da licitação. Ainda em relação aos serviços, por se tratar de uma obra de pequeno porte, a quantidade de reaproveitamento de formas é baixa, visto que os serviços por elementos (bloco, baldrame, pilar, viga e laje) são executados em uma única etapa, desta forma o custo para sua execução é mais elevado visto que não é possível o aproveitamento de material”, acrescenta Lauri.
A Secretaria de Planejamento informou ainda que toda a documentação relativa ao certame está disponível no portal da transparência da Prefeitura desde que o edital da concorrência foi lançado.
Conclusão
Iniciadas no final do ano passado, o prazo para conclusão dos trabalhos era julho deste ano. Porém, em virtude de atrasos em sua execução, houve a necessidade de aditar o período de construção. Agora, a empresa tem até 22 de setembro para entregar a obra.
Edição n. 1372