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Imagem de destaque - Valmet adota práticas para reduzir em 80% as emissões de carbono até 2030
Foto: Divulgação

Nove em cada dez grandes empresas brasileiras estão comprometidas com metas de descarbonização que variam entre zerar, diminuir ou compensar as emissões de carbono nos próximos anos. Esses são dados de um estudo realizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Cebds) e pelo Boston Consulting Group (BCG) com grandes empresas de variados setores da economia. A pauta climática está nas prioridades dos conselhos e o compromisso de reduzir as emissões de carbono tem sido feito de maneira voluntária pelas empresas.

Líder mundial no desenvolvimento, fornecimento e oferta de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia, a Valmet destaca-se pelo seu Programa Climático, lançado em 2021. A multinacional finlandesa comprometeu-se com uma meta de redução de CO₂, além de formular ações concretas para toda cadeia de valor, incluindo suprimentos, as operações próprias e o uso de suas tecnologias pelos clientes. Dentre as principais ações, estão uma redução de 80% nas emissões das operações da empresa e de 20% na cadeia de suprimentos.

A Valmet opera no Brasil com unidades em Araucária (PR), Sorocaba (SP), Belo Horizonte (MG), Imperatriz (MA), Joinville (SC) e Guarulhos (SP). Todos os seus Centros de Pesquisa e Desenvolvimento, unidades de produção, Centros de Serviços e escritórios adotam medidas para minimizar a geração de resíduos e promover eficiência energética e conforto. Um exemplo é a unidade industrial situada em Araucária (PR), que foi construída com uma visão de sustentabilidade, utilizando estruturas metálicas e painéis termowall, priorizando a iluminação natural e utilizando brises para a melhor eficiência refletiva. Quanto aos aspectos ambientais, a empresa adotou uma tecnologia de automação do sistema de ar-condicionado para maior eficiência em conforto e gasto de energia, assim como iluminação variável de acordo com a claridade do dia, com sensores de presença.

Além disso, foi implementado um sistema de reaproveitamento de águas pluviais e águas servidas, que são reutilizadas após tratamento. Com o passar do tempo, houve melhorias nos sistemas de iluminação com a adoção de lâmpadas LED e renovação de ar para controlar os níveis internos de CO₂. Também foram desenvolvidas e aprimoradas iniciativas operacionais e de manutenção, como a coleta, separação e destinação de resíduos; a instalação de um sistema de geração de energia fotovoltaica em 2022; a substituição de equipamentos a gás das cozinhas por elétricos; o controle de ruído e poeira nos ambientes internos com constante renovação de ar interno e o monitoramento da emissão de CO₂ dos veículos da empresa de transporte dos funcionários até a planta.

“Nos orgulhamos de ter conquistado o certificado de descarte de Aterro Zero, eliminando completamente o impacto com resíduos destinados a aterros. Antes, recuperávamos aproximadamente 8% do lixo descartável e, após uma campanha de reeducação e conscientização interna, superamos os 95% de aproveitamento do descarte administrativo. Possuímos ainda um sistema de reuso de água e captação de água da chuva, reduzindo o uso dos recursos hídricos públicos. Apenas em 2023, reutilizamos 2.600 metros cúbicos de água”, detalha a gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Valmet América do Sul, Fabiana Cortivo.

Visando promover uma cadeia de sustentabilidade nas cidades onde atua, a Valmet também trata toda a água utilizada antes de descartá-la, assegurando um baixo índice de poluentes nos afluentes.

Plano de geração de energia limpa

Até 2026, todas as sedes da Valmet no Brasil comprometem-se a operar com 100% de energia limpa. Além de obter fornecimento do mercado livre de energia, a planta de Araucária instalou 324 painéis solares. Considerando também a entrada no mercado livre de energia, a unidade paranaense registrou uma redução média de 25% nas faturas mensais de energia elétrica.

Desafios

Um dos principais desafios e preocupações é engajar toda a cadeia de fornecedores na missão de poluir menos. “Neste cenário, o obstáculo é medir as emissões de carbono dos nossos contratados. Apesar das dificuldades em potencial, firmamos parcerias com fornecedores atentos e preocupados em priorizar soluções sustentáveis. Um exemplo no que tange o transporte: nós temos hoje aproximadamente 70 linhas de fretados para nossos colaboradores. Para isso, nós contratamos uma empresa consciente que possuía selo de sustentabilidade nos carros e medições de emissão. Desta forma, exigimos dos nossos fornecedores a mesma qualidade que oferecemos aos nossos clientes”, explica o gerente de Facilities da Valmet América do Sul, Cristiano Lira.

Estima-se que a cadeia de suprimentos contribua com aproximadamente 4% da pegada de carbono total na cadeia de valor da Valmet. Com o objetivo de reduzi-la em 20% até 2030, a empresa está engajada em diversas iniciativas, como o aumento do uso de aço reciclado em seus produtos, o apoio aos fornecedores para diminuírem suas emissões de CO₂ e a otimização dos métodos de produção, o que inclui a redução do peso dos produtos e a introdução de materiais alternativos.

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