Quedas de energia elétrica têm sido registradas com frequência nas últimas semanas e os moradores do Condomínio Residencial Port’Zuelo, no Bairro Vila Nova, já estão irritados com a Copel. Segundo eles, são dois problemas que ocorrem: a interrupção no fornecimento de energia e a longa espera pelo restabelecimento, ou a energia funcionando apenas em meia fase.

Cansado de tanto acionar a Copel, o síndico Marcos Sorrilha decidiu fazer um abaixo-assinado virtual, para que os moradores, não apenas do condomínio, mas de todo o bairro, assinem, reforçando o pedido de providências à companhia de energia elétrica. “Resolvi fazer o abaixo-assinado porque constantemente nossa região é afetada pela falta de energia elétrica, seja em dias quentes ou dias de muitas chuvas. Também percebemos que somente esta região tem sido afetada com frequentes quedas de luz e questionamos se não seria pela falta de estrutura da rede elétrica da Copel”, explicou.

O síndico disse ainda que, recentemente, os moradores do bairro, em toda extensão da rua Alberto Karas, na rua Francisco Dranka e em trechos da rua Agrimensor Carlos Hasselmann, ficaram mais de 8 horas sem energia elétrica. Ele critica que, sem luz, as casas, condomínios e comércios ficaram em total vulnerabilidade.

“No domingo (02/03) pela manhã, ouvimos um estouro na rede elétrica, e a partir daí, a energia ficou somente na meia fase e demorou para normalizar. No domingo recente (09), tivemos mais uma queda de energia aqui na região, ficamos sem luz das 19 às 21h. Quando ocorrem esses problemas, sempre oriento os moradores do condomínio a abrirem chamado pelo aplicativo, mas o que buscamos é uma solução definitiva. Através desse abaixo-assinado, solicitamos da Empresa Paranaense de Energia Elétrica o estudo de reestruturação de nossa rede elétrica e da região da Vila Nova, Fazenda Velha e CSU”, argumenta.

A reportagem do Jornal O Popular procurou a Copel para verificar os motivos das reclamações dos moradores e foi informada que, em relação ao cliente da unidade consumidora indicada, há registros de três desligamentos recentes, por causas distintas. Em 17 de fevereiro, foi por conta do rompimento de cabos de alta tensão, ocasionado por quedas de árvores sobre a rede elétrica. “Para recompor os danos físicos causados na rede, foi necessário o trabalho de longo período das equipes de manutenção da companhia”, explicou.

Já em 2 de março, a energia foi interrompida devido à abertura de um dispositivo de segurança por causa da colisão de um pássaro com a rede próxima da unidade consumidora. E finalmente em 9 de março, houve outro rompimento de um cabo de alta tensão, causando a interrupção de energia entre 18h50 e 20h54. A companhia salienta que a vegetação que encosta nos fios ou cai sobre a rede de energia, em especial quando acontecem temporais – cada vez mais frequentes e intensos – é um dos principais motivos de desligamentos.

“Para mitigar este impacto, buscamos o diálogo para realizar um trabalho conjunto com o poder público e a sociedade, para que cada um cumpra seu papel. A interferência de vegetação no funcionamento da rede elétrica é uma questão regrada por lei. Nas áreas urbanas, as prefeituras precisam atuar, nas áreas rurais, os donos de propriedades são responsáveis”, ressalta a companhia.

Edição n.º 1456.