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Padre André Marmilicz: Semana Santa — Semana do amor
Foto: Divulgação

Todos os dias e todas as semanas do ano são importantes e significativos, mas, a semana santa é especial, porque celebramos o imenso amor de Deus pela humanidade. Deus tanto amou o mundo, que enviou seu Filho para salvá-lo. A vinda de Jesus transformou radicalmente o transcurso normal da história. Através de Jesus, Deus se manifestou plenamente, como um Pai amoroso, compassivo e misericordioso. No Antigo Testamento, Deus se revelou ao mundo de modo indireto, através de várias pessoas por ele enviadas, sobretudo, os profetas. No Novo Testamento, Deus se revelou de forma direta, através do seu Filho, enviado para descortinar o verdadeiro rosto do Pai.

A vida de Jesus foi carregada de um amor imenso, infinito, total, principalmente para com aqueles mais sofredores e marginalizados da sociedade. Jesus, o enviado do Pai veio para todos, para que todos tenham vida e a tenham em abundância. No entanto, ele demonstrou um amor preferencial para com aqueles excluídos e abandonados. Como ele mesmo dizia: ‘não são os sadios que precisam de médico, mas, os doentes’. O amor revelado pelo Mestre não exclui absolutamente ninguém, pois todos somos filhos do mesmo Pai. Mas, assim como uma mãe que cuida preferencialmente do filho mais doente, assim é Deus para com os seus filhos e filhas.

Jesus passou pela vida amando e fazendo o bem, não negando a lei, mas dando pleno cumprimento a ela. E a lei que ele apresenta, é o amor carregado através das suas palavras, gestos e ações. Um amor sem limites, incondicional, porque o Deus de Jesus não quer a morte do pecador, mas, que se converta e viva. Os três anos de pregação do Reino de Deus, principalmente às margens do mar da Galileia, revelaram um Jesus preocupado com a saúda das pessoas, com a comida, com as verdadeiras relações humanas. Cada pessoa tinha um valor único para Jesus e ele tratava a todos com imenso carinho, porque eram como ovelhas sem pastor.

Sendo homem, Jesus era também plenamente Deus e isso mexeu com as autoridades espirituais e políticas da época. E decidiram então mata-lo, porque julgavam que a eliminação do Mestre, seria o fim de tudo. É o que nós acompanhamos durante toda a semana antes da Páscoa. De modo violento e arbitrário, ele foi preso, torturado, coroado com a coroa de espinhos, carregou a cruz e morreu pregado na cruz. No entanto, o amor imenso de Deus, ressuscitou seu Filho, que continua vivo entre nós. Ele é o rei dos reis, mas, o seu reino não é deste mundo. Não é um reino de poder, de domínio, de um poder autoritário, mas, pronto para servir e dar a vida.

A Semana Santa nos leva a refletir sobre esse amor imenso de Deus pela humanidade, por cada um de nós. E renova em cada um de nós, o desejo de sermos fiéis seguidores de Jesus e isso significa, sermos como Ele. Quem acolhe Jesus em sua vida, aprende diariamente a grande lição por ele pregada: só o amor é capaz de transformar o mundo. O ódio, a vingança, a mentira, a inveja, a prepotência, a arrogância, o orgulho, são o oposto daquilo que foi pregado pelo Mestre. Não basta falar bonito e em alto som o nome de Jesus, mas, muito mais do que isso, ser um sinal, um instrumento do seu imenso amor. Um amor que nos leva a servir, a se doar, a se sacrificar pelos irmãos.

Edição n.º 1460.

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