Quem acompanhou a história da Capela Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro Porto das Laranjeiras, desde a desapropriação do barracão pela Prefeitura Municipal em agosto de 2017, presenciou a luta e a mobilização de uma comunidade inteira para arrecadar recursos e construir sua nova sede. Foram quase 8 anos de muito trabalho, entre organizações de festas, festivais de prêmios, campanhas, rifas, entre outros eventos, tudo para arrecadar fundos. Porém, as lideranças da Capela nunca desanimaram, pois sabiam que todo esse esforço seria recompensado.

E as lideranças tinham razão, porque chegou a hora de colher os frutos, pois o novo barracão saiu do papel. No dia 27 de abril (domingo), às 8h, uma Missa Campal será celebrada em louvor ao início das obras da nova Capela, em sinal de fé e gratidão da comunidade, e pedindo bençãos para este importante passo que está sendo dado. A Missa acontece no terreno onde será construído o barracão, na Rua Maria Moteleski Binhara, 318, Porto das Laranjeiras.

“Salvo as devidas proporções, nossa comunidade se assemelha ao povo de Israel, que lutou demasiadamente pela terra prometida. Temos uma comunidade oficialmente constituída, mas não temos um espaço arquitetônico exclusivamente nosso para celebrações, reuniões, catequese e atividades sociais. Quando fomos expulsos da nossa Capela, em 2017, realizamos celebrações na rua em frente, no Colégio João Paulo I, Colégio Juscelino Kubistchek e atualmente no antigo bar do Ville. Agora, com grande esforço e perseverança da comunidade, vislumbramos com entusiasmo a possibilidade de construirmos um espaço exclusivamente nosso”, declara Alexandre Leal.

Segundo ele, primeiramente será erguido o Salão Comunitário e em seguida a Igreja, que definitivamente se tornará a Casa de Nossa Senhora dos Navegantes, a padroeira da comunidade. “Nossa comunidade sempre esteve unida em prol deste objetivo, e agora vê seu sonho próximo da realização. Por isso, hoje é o momento de darmos Graças e Louvor a Deus e agradecermos também a todos que de diversas formas nos ajudaram. Lembramos, de forma especial, do Pe Simão, que na época da expulsão, nos animava para prosseguirmos, inclusive celebrando as missas na rua em frente à Capela, mesmo durante as noites e às vezes com chuva”, destaca Alexandre.

Edição n.º 1460.