Na semana passada o caso de uma moradora do bairro Thomaz Coelho que foi flagrada destruindo a casinha de cães comunitários da região repercutiu em Araucária.

As imagens mostram ela destelhando uma das casinhas. O caso ocorreu no dia 24 de junho e gerou revolta em araucarienses que trabalham em defesa da causa animal. Inclusive, elas mobilizaram uma associação de combate aos maus tratos que atua em toda a região metropolitana. Representantes do grupo vieram a Araucária para conversar com a mulher e eventualmente registrar o caso junto aos órgãos competentes, de modo a se averiguar uma eventual prática de crime de maus tratos.

Em meio a repercussão do caso, um escritório de advocacia contratada pela mulher flagrada destruindo a casa dos doguinhos entrou em contato com nossa Redação para dar a versão de sua cliente.

Segundo seus advogados, toda a situação não passou de um grande mal-entendido, sendo que ela acabou agindo daquela forma porque estava bastante abalada, vez que seu filho teria sido mordido por um dos cães em situação de rua que adotaram aquela região como seu território. “No início da tarde, ao buscar seu filho na escola, nossa cliente o deixou próximo à residência da família, uma vez que precisava retornar ao trabalho por estar em horário de almoço. Foi então que seu filho foi surpreendido por uma situação extremamente preocupante: um grupo de cães em situação de rua avançou sobre ele, tendo um deles, infelizmente, o mordido”, explica a nota.

Eles dizem que, rapidamente, a mãe levou a criança até uma unidade básica de saúde onde ele foi prontamente atendido. No entanto, apesar de o filho já estar medicado e fora de risco, ela retornou ao local onde os cães frequentem e – ainda sob forte emoção – decidiu “apenas” destelhar uma das casinhas. “Diante da gravidade da situação e temendo por novas ocorrências, nossa cliente, em ato isolado, retirou o telhado (inclusive não quebrou as telhas) de uma das casinhas que se encontravam em via pública, como forma de alerta à comunidade sobre o risco existente, sem causar dano à estrutura, como tentativa ainda que impulsiva de chamar a atenção da população e das autoridades para o risco iminente representado pelos constantes episódios de ataques”, segue a nota.

Arrependimento

Ainda na nota, os advogados da cliente, garantem que ela se arrepende do ocorrido. “Nossa cliente lamenta profundamente o episódio e reforça que sua única intenção foi proteger seu filho e alertar a vizinhança sobre o risco à integridade física de outros moradores, sobretudo crianças. Espera, com esta nota, esclarecer os fatos e pôr fim à circulação de informações distorcidas que apenas agravam uma situação já sensível”, enfatizam.

Também segundo seus advogados, sua cliente jamais teve qualquer tipo de intenção de prejudicar os cães em situação de rua. “Reconhece que a atitude, embora não tenha causado qualquer sofrimento ou dano aos animais, foi impensada e, hoje, profundamente lamentada por ela. Reitera que jamais teve qualquer intenção de prejudicar os cães e que seu único objetivo, naquele momento de desespero e tensão, era evitar que novos acidentes viessem a ocorrer, preservando vidas humanas”, finaliza.

Nota da Redação: O nome da pessoa que destruiu a casinha dos cães comunitários foi omitido desta matéria por opção editorial de O Popular