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Dobrar caixinhas de lápis pode ajudar araucarienses na hora de pagar as contas

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Portadora de fibromialgia do quadril desde seu nascimento, a araucariense Silvane Pedroso, de 45 anos, precisou conviver com as dificuldades para movimentar-se e com as restrições no mercado de trabalho. “Eu tenho muita dificuldade para andar, então sempre foi difícil conseguir um emprego e ter o suficiente para pagar as contas”, desabafa a moradora do Santa Eulália. Já Marcelo de Sousa Ezequias, morador do Costeira, está desempregado e precisa sustentar a esposa e o filho. “Estou torcendo para que aumentem os empregos nas terceirizadas na Petrobras aqui na cidade, mas a crise não está fácil”.

Em meio a essas situações, Silvane e Marcelo decidiram apostar em caixinhas de lápis de cor para mudar sua realidade financeira, e estão animados para receber o primeiro salário referente à iniciativa no próximo dia 5 de junho.

O Grupo de Amigos em Ação Voluntária Capela Velha realiza a dobra das caixinhas em equipe
O Grupo de Amigos em Ação Voluntária Capela Velha realiza a dobra das caixinhas em equipe

De acordo com Luiz Carlos Kaill, presidente da União das Associações de Moradores de Araucária (Unamar), o projeto de dobrar caixinhas de lápis foi desenvolvido pela Secretaria do Trabalho e do Emprego em parceria com a indústria Labra e Unamar a fim de gerar renda para famílias com dificuldade de isenção no mercado. “Por isso, convidamos todas as associações de moradores da cidade para a reunião no dia 27 de abril, e duas aceitaram o desafio”, conta.

Com as entidades prontas para começar, o trabalho teve seu pontapé inicial há pouco mais de 20 dias no Grupo de Amigos em Ação Voluntária Capela Velha e na Associação de Moradores do Santa Eulália, onde quase 70 participantes estão envolvidos com a atividade. “Eu só fico em casa por causa do meu problema de saúde, então aproveito meu tempo para dobrar as caixinhas e conseguir uma ajuda financeira com isso”, afirma Silvana.

Já para Marcelo, a atividade vai colaborar com as despesas e ainda tem unido sua família e ajudado na educação do filho de 16 anos. “Nós dobramos juntos as caixinhas, então já fizemos quase 25 mil unidades, e eu fico muito feliz por ver meu garoto trabalhando com a gente e se empenhando nos estudos porque o mundo de hoje oferece muitas coisas ruins para jovens na idade dele”.

Marcelo trabalha na sua casa e já preparou quase 25 mil caixinhas
Marcelo trabalha na sua casa e já preparou quase 25 mil caixinhas

Ainda segundo Marcelo, o valor que receberá com a dobra das caixinhas não será suficiente para suprir as necessidades de seu lar. No entanto, ele garante que é uma ótima oportunidade. “Como não tenho outra fonte de renda, isso vai me ajudar e, com certeza, fará diferença nas contas de outras pessoas também”, garante.

Para saber mais a respeito do projeto e de como participar basta entrar em contato com a Associação de Moradores do Santa Eulália pelo telefone 9611-4186 ou com a equipe do Capela velha pelo número 9721-2721.

Texto: Raquel Derevecki / fotos: everson santos