Um terreno baldio localizado na Rua Pedro Leal Sobrinho, no Jardim Planalto, está causando muita dor de cabeça para os moradores vizinhos ao local. Segundo eles, o terreno está abandonado e acabou virando um criadouro de ratos e aranhas.
“Isso aqui virou um lixão porque algumas pessoas acham que é permitido jogar restos de comida, móveis velhos, roupas, calçados e outros objetos. E com o mato crescendo cada vez mais e o lixo se acumulando, a saúde das pessoas é colocada em risco”, disse a moradora Juliana de Jesus Freitas.
Ela conta que por várias vezes procurou a Prefeitura para que fosse tomada alguma providência, mas até agora nada foi feito. “Eles até vieram aqui e disseram que iriam notificar o proprietário do terreno, no entanto, não vimos mudança alguma. Cansei de matar ratazanas dentro da minha casa. Tenho um bebê e não quero que fique doente por causa desses bichos”, reclama.
Cemitério
Ana Luíza Paranhos também está indignada com a situação. Ela comenta que várias vezes teve que passar veneno na sua casa para matar os ratos e aranhas. “Um dia meu marido foi sair com o carro e ouviu um barulho estranho no motor. Era um rato. Tivemos que lavar todo o motor por causa do cheiro”, disse.
Ainda de acordo com ela, além dos ratos e do lixo, alguns moradores sem consciência jogam animais mortos no terreno. Muitos queimam móveis durante a noite, o que se torna mais um agravante, pois arriscam incendiar as casas. “Meu marido teve que enterrar um gato morto que apareceu por ali e ficou dias fedendo”, relata.
O proprietário do terreno, que mora em Curitiba e preferiu não se identificar, disse que a última notificação que recebeu foi há dois anos. De lá para cá, tentou cercar o local, mas os vândalos destruíram a cerca. “Sempre limpo o terreno, jogo veneno para acabar com o mato, mas não venço tirar tanto lixo. Muitos não dão trégua e jogam ali tudo o que você pode imaginar, desde lixo doméstico até móveis”, comenta.
O secretário municipal de Urbanismo, Mário Rigolino Torres, explicou que a secretaria tem procurado autuar os proprietários que não cuidam dos seus terrenos, no entanto, disse que são muitos os locais a serem visitados e que a maneira mais eficaz de abranger todos é contar com o apoio da população, que pode fazer denúncias e reclamações através do fone 3614-1443. “Quando constatamos a irregularidade, autuamos o proprietário e ele tem o prazo de 15 dias para resolver o problema. Se não o fizer, recebe uma segunda autuação e tem mais 15 dias. Se persistir no erro, leva uma multa”, explica.