O Ministério Público de Araucária entrou com uma ação de Medida de Proteção Coletiva nesta quinta-feira, 27 de outubro, junto à Vara de Infância e Juventude de Araucária, pedindo, em caráter liminar, a saída dos estudantes dos 10 colégios estaduais do Município que estavam sendo ocupados desde o dia 11 deste mês. A juíza titular da Infância e Juventude da cidade, Maria Cristina Franco Chaves, após analisar a solicitação, entendeu por bem determinar a desocupação das instituições.
O Promotor da Infância e Juventude, David Kerber de Aguiar, explicou que a medida foi tomada devido à preocupação com a segurança dos estudantes, principalmente em função dos recentes acontecimentos registrados em algumas instituições ocupadas na capital. “Queremos que os pais recebam seus filhos de volta e assumam a responsabilidade, considerando que eles estão correndo um grande risco se continuarem com o movimento”, explicou.
O promotor disse ainda que se os pais não acatarem a determinação da Justiça, correm o risco de responder a uma infração, que poderá implicar em multa de até 20 salários mínimos, além de, possivelmente, ter que responder pelo delito de desobediência.
A medida já começou a ser cumprida por oficiais de justiça, acompanhados por representantes do Conselho Tutelar e policiais militares, e o primeiro colégio a ser visitado foi o Marilze da Luz Brandt, no Jardim Fonte Nova. As demais instituições ocupadas, que deverão receber a determinação nas próximas horas são: Algavira B. Pinto, Cleide Kurzawa, Dias da Rocha, Fazenda Velha, Helena Wysocki, Júlio Szymanski, Lincoln S. Coimbra, Vespertino Pimpão e Maria da Graça Siqueira.
Foto: Everson Santos