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Mudanças prejudicaram principalmente os passageiros da área rural

Povão mete bronca nas mudanças implantadas nas linhas do Triar
Mudanças prejudicaram principalmente os passageiros da área rural

Os ajustes feitos pela Companhia Municipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC) em algumas linhas do Triar, que começaram a valer na segunda-feira, dia 13, pegou usuários de surpresa e muitos não aprovaram a mudança. Os mais afetados foram os moradores da zona rural, onde as alterações atingiram as linhas Campo do Bastião, Capinzal, Capoeira Grande, Tietê-Onças, Tietê-Fazendinha, Vila do Sossego, Santo Estanislau, Guajuvira, Campestre, Rio Verde, Ipiranga e Roça Nova. Nessas linhas, após a alteração, houve uma rota padrão, sem variações de trechos ao longo do dia.

Segundo um morador da área rural, as mudanças nos itinerários foram feitas sem consulta ou diálogo com as comunidades. “Todas as linhas rurais foram reformuladas e, se isso não bastasse, linhas essenciais foram cortadas. Um exemplo foi a linha que atendia a localidade de Capoeira Grande, que antes tinha apenas duas linhas pela manhã: saída do terminal às 5h20 e 6h40 e agora, após a mudança, a segunda linha foi cortada e o horário da primeira alterado para 4h50 da manhã, ou seja, todos os moradores precisam obrigatoriamente pegar o ônibus às 5h30 da manhã. No sábado só existe uma linha para ir para Araucária pois as duas linhas para voltar embora foram cortadas. As duas linhas de domingo também foram cortadas. Uma redução de mais de 60%. Isso é revoltante”, reclamou.

Outra moradora decidiu levar a situação na brincadeira e convidou o prefeito Hissam Dehaini a ir conferir de perto os reflexos negativos das mudanças. “Depois de um dia cansativo de trabalho temos que ficar umas hora no terminal aguardando pra conseguir pegar um ônibus que passe perto das nossas casas e mesmo assim precisamos antes cerca de 40 minutos a pé, debaixo de chuva. Isso sem contar que o ônibus precisa desviar o posto da Polícia Rodoviária porque sempre está lotado, além da sua capacidade. Mas o senhor anda de helicóptero, por que se preocupar com isso, não é mesmo?”, indagou.

Se na área rural o povo ta indignado, na área urbana não tem sido diferente. Uma passageira comentou que após as mudanças precisa acordar ainda mais cedo pra conseguir pegar o ônibus e não chegar atrasada no serviço. “Ficou meio confuso, pois o São Francisco não para no bairro agora, e nós que moramos na metade do caminho, temos que adivinhar o tempo que ele leva do terminal até lá. Antes tinha o horário que ele saia do bairro, agora não tem mais”, criticou.

Sobre as reclamações, a CMTC justificou que as mudanças de horários ocorreram em todas as linhas e tiveram por objetivo garantir o atendimento padrão com eficiência nos custos. Disse ainda que as modificações podem ocorrer sempre quando as informações apontarem necessidade.

Além disso, houve ajustes em algumas linhas de ônibus e a maior parte delas são linhas rurais. Nessas linhas, a alteração possibilitou ter uma rota padrão, sem variações de trechos ao longo do dia. A CMTC comentou que está sempre aberta a receber sugestões e a dar informações, basta ligar para o telefone (41) 3074-2929.

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Everson Santos

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