O caso de uma bebezinha de apenas seis meses, que está internada na UTI do Hospital Municipal de Araucária – HMA, com um quadro de infecção, aguardando encaminhamento para o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, viralizou nas redes sociais e está gerando muita comoção. Uma pessoa que teria conversado com a mãe da criança no hospital, contou que ela procurou atendimento no Pronto Atendimento Infantil – PAI na sexta-feira, dia 17 de fevereiro, onde a bebê foi medicada e liberada. No domingo, dia 19, a mãe relatou que a filha passou muito mal e ela novamente procurou atendimento médico.
Ela disse ainda que teria ficado indignada porque as enfermeiras não conseguiram o acesso às veias dos braços da criança para injeção de soro, e teriam então furado sua perna direita. Após alguns dias, a perninha da bebê começou a ficar preta e ela precisou ser transferida para a UTI do HMA, onde aguarda uma vaga para o hospital infantil de Curitiba.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a paciente Ana Júlia Rodrigues Moraes foi atendida no Pronto Atendimento Infantil no dia 17 de fevereiro, com quadro clínico de desidratação e recebeu cuidados médicos. Foram prescritas medicações para tratamento e dadas as recomendações pertinentes para o caso. Porém, a paciente foi para casa e teve piora no quadro clínico.
Ao retornar no PA Infantil no dia 19, a criança estava com desidratação intensa e com um quadro clínico debilitado. Foi tentado acesso para injeção de soro via vascularização periférica, porém, devido à desidratação o procedimento não foi possível. Como havia risco de morte eminente (a bebê estava com dificuldades para respirar e podia ter parada cardíaca a qualquer momento, assim como falência múltipla dos órgãos), foi feito acesso intraósseo (procedimento de alto risco), o que ocasionou lesão vascular no membro inferior direito. De acordo com os médicos, sem a medida, a criança teria morrido em poucas horas.
A paciente foi encaminhada para o Hospital Municipal no mesmo dia (19). Foi atendida emergencialmente, com quadro de choque e desidratação, recepcionada respirando por ajuda de aparelhos. Após recuperação, encontra-se estável, alimentando-se, com exames de controle normais e sem necessidade de cuidados intensivos. Ana Júlia está sendo tratada e recebendo assessoramento clínico no Hospital Municipal de Araucária.
