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De acordo com dados repassados pela Polícia Civil e Polícia Militar, entre os meses de janeiro e junho de 2017 ocorreram em Araucária 9 homicídios dolosos. Este número, comparado ao mesmo período de 2016, revela uma queda de 72% nos assassinatos, confrontado às 33 mortes violentas registradas no primeiro semestre do ano passado.

Apesar de o primeiro homicídio ter acontecido nas primeiras horas do dia 1º de janeiro, no bairro Capela Velha, os registros foram tendo queda expressiva. Em janeiro foram dois assassinatos, já em fevereiro e março três, nos meses de abril e maio nenhuma morte violenta foi registrada e em junho apenas um homicídio aconteceu na cidade.

Os bairros em que mais aconteceram os crimes foram o Thomaz Coelho, Capela Velha e Campina da Barra. Na área rural do município foram dois crimes e no bairro Costeira foi registrado um homicídio.

O delegado de Polícia Civil de Araucária, Messias da Rosa, considera que a diminuição nos crimes se deu pelo trabalho da polícia no município.

“Acredito que a diminuição dos assassinatos é devido a alguns fatores. Um deles, pela prisão de um homem que estava dominando o tráfico na região do Arvoredo, visto que muitas das mortes aconteciam pelo acerto de contas de drogas. Outro motivo certamente é pelo trabalho ostensivo que deve ser ressaltado da Polícia Militar em conjunto à Guarda Municipal”, apontou. Ele lembrou também que a Polícia Civil requereu mais de 20 mandados de prisão e todos foram cumpridos. Segundo o delegado, a maioria destes criminosos eram suspeitos de homicídios e grande parte tinha relação com o tráfico de drogas.

O capitão da 2ª Cia do 17º Batalhão da Polícia Militar, Nelson Stoccheiro, ressalta as operações realizadas pela PM com a colaboração da Guarda. “Desde o início do ano fizemos muitas ações no município e realizamos mais de 240 prisões, entre flagrantes e cumprimentos de mandados. Quanto à GM, foram aproximadamente 120 prisões feitas”, lembrou. Stoccheiro também destacou o serviço de inteligência da PM que vem atuando firmemente contra o tráfico de drogas e apontou, ainda, a queda nos registros de furtos e roubos.

RELEMBRE OS CASOS

Em janeiro deste ano, no dia 1º, Maicon da Silva, 24 anos, foi morto com vários tiros quando estava no portão de sua casa, no bairro Capela Velha. Já no dia 22 do mesmo mês, o corretor de imóveis Antônio Aniceto da Silva, 49 anos, que estava desaparecido desde o dia 27, foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro do próprio carro, na Travessa José Lemos, no bairro Thomaz Coelho.

Em 22 de fevereiro, uma garotinha foi morta dentro de sua casa na rua Cactus, no Campina da Barra. Inicialmente acreditava-se que a morte se deu pela explosão de uma bombinha. Depois, o autor se entregou na delegacia e afirmou ter atirado sem querer contra a menina. No dia 26, Julio Cesar Felix, 27 anos, foi encontrado morto na mesma rua, no bairro Campina da Barra. Um dia depois, o corpo de um homem foi encontrado enterrado em uma cova rasa dentro de uma propriedade na região rural de Roça Velha.

No dia 2 de março, uma ossada humanada foi encontrada em um areal na localidade rural de Rio Abaixinho. No dia 23 do mesmo mês, Marcos Gabriel Sesque, 24 anos, foi encontrado agonizando na avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Thomaz Coelho, e morreu instantes depois. Em 26 de março, Gustavo Henrique da Silva Capuano, de 24 anos, foi encontrado morto durante a madrugada, na rua Estaiada, no Capela Velha.

E, o último homicídio registrado no semestre foi no dia 10 de junho, na avenida Manoel Ribas, no bairro Costeira. Nesta data foi assassinado Franci da Silva, 31 anos, a queima roupa.
Balanço semestral registra redução de 72% em homicídios em Araucária

 

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