Presentes à audiência dizem não ao rezoneamento eleitoral
Cerca de cinquenta pessoas compareceram ao plenário da Câmara na última quinta-feira

 

O plenário da Câmara de Vereadores foi palco na última quinta-feira, 27 de julho, de uma audiência pública para discutir a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estabelece os critérios para remanejamento e extinção de zonas eleitorais em todo o país, o chamado rezoneamento.

Na oportunidade, o juiz eleitoral da cidade, Carlos Alberto Costa Ritzmann, e a chefe do Cartório Eleitoral, Yna Honda, explicaram aos presentes como nasceu a resolução e os impactos que sua implementação podem causar aos araucarienses.

Caso a nova resolução seja implementada, várias cidades brasileiras perderão suas zonas eleitorais. Isso não significa, obviamente, que essas pessoas terão que votar em outros municípios, mas todas as questões relativas à emissão de título, certidões de quitação eleitoral e outras podem ter que ser resolvida nas cidades a que à zona eleitoral extinta for incorporada.

Outro ponto destacado pelo magistrado é o fato de que essa incorporação prejudica a necessária vivência que o juiz e o Cartório Eleitoral precisam ter da cidade. “Existem algumas particularidades, principalmente com relação aos locais de votação e a própria fiscalização do processo eleitoral, que um juiz e um Cartório que não estão presentes na cidade vão acabar deixando de lado, até pelo acúmulo de trabalho e isso vai prejudicar o eleitor”, ponderou.

Pelas novas regras, Araucária não correria o risco de perder sua zona eleitoral, mais poderia acabar tendo que incorporar tendo que cuidar do processo eleitoral de outras cidades.

Entre os presentes à audiência estiveram vereadores, dirigentes de partidos políticos, representantes de associações de moradores e sociedade em geral. Findada a fase de explicações, foi aberto espaço para perguntas e manifestações. Ao final, o juiz Carlos Ritzmann solicitou que fosse tirada uma deliberação sobre a posição de Araucária quanto à proposta do TSE e, de maneira unânime, ficou aprovado a posição contrária dos araucarienses contra o rezoneamento.

Os presentes ainda fizeram incluir na ata que será remetida ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) o adendo de que Araucária também não aceita que seja incorporado ao Cartório Eleitoral local o gerenciamento das eleições de outras cidades sem que haja o incremento da estrutura de pessoal disponibilizado pelo TRE ao Município.

A expectativa agora é que até o final de setembro já deva haver mais informações quanto as cidades que efetivamente serão alcançadas pelo rezoneamento.

 

Texto: Waldiclei Barboza / Foto: Everson Santos