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Agnaldo Tenca foi morto de forma cruel, enquanto trabalhava. Foto: divulgação
Polícia Civil conclui inquérito e indicia suspeitos pela morte do mascate
Agnaldo Tenca foi morto de forma cruel, enquanto trabalhava. Foto: divulgação

Após ouvir o depoimento de Darli Nardes Tenca, 38 anos, principal suspeita de ter sido a mandante do assassinato do próprio marido, Agnaldo Tenca, o delegado de polícia de Araucária, Tiago Wladyka, concluiu o inquérito do crime e encaminhou para o Ministério Público. “Há indícios de autoria, sendo assim, Darli e Jeferson Rodrigo Machado, mais conhecido como Jefinho, 30 anos, foram indiciados por homicídio qualificado”, explicou o delegado.

Em depoimento na última quinta-feira, 19 de setembro, quatro dias após ter sido presa em Santa Catarina, a mulher negou as acusações, inclusive disse que só conheceu Jeferson em agosto, um mês após o crime ter sido cometido (4 de julho de 2018). Ela disse ainda que manteve um breve relacionamento amoroso com Jefinho, ao contrário do que apontavam as investigações, de que os dois mantinham um caso, mesmo antes do crime.
Logo após o crime, Darli também teria dito em depoimento à polícia que estava junto no carro no dia em que o marido foi morto, e viu quando um homem saiu de um matagal na mesma rua e aproximou-se do carro, efetuou os disparos e fugiu para o mesmo lugar que havia saído. Porém, no depoimento do dia 19, ela afirmou que não ter visto as características do assassino, porque teria se abaixado no carro no momento dos disparos.

Com o inquérito em mãos, o Ministério Público (MP) deverá se manifestar, e caberá ao órgão analisar o caso e as provas apresentadas. A partir disso, há três caminhos: denunciar os indiciados (formalizar a acusação), pedir mais investigações à Polícia Civil ou arquivar o caso.

O crime

Agnaldo Tenca foi assassinado com três tiros, em 4 de julho de 2018, na rua Primavera, no bairro Campina da Barra, após ser chamado para efetuar uma venda, já que ele era vendedor de enxovais. O mascate foi procurado por um falso cliente, que repassou um endereço, via whatsapp, para se encontrar com ele. Mas tudo não passou de um crime previamente arquitetado. Ao chegar ao local, desceu do carro, foi recebido a tiros, e morreu ainda no local.

Publicado na edição 1182 – 26/09/2019

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