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Falar sobre educação sexual nas escolas requer certo cuidado. O tema é delicado e, dependendo da maneira como é exposto aos alunos, pode gerar polêmica. E foi justamente isso que aconteceu na Escola Municipal Archelau de Almeida Torres, no jardim Iguaçu, onde recentemente um profissional da saúde ministrou uma palestra sobre educação sexual para alunos dos quintos anos. Algumas mães de alunos, cujos nomes não serão revelados para evitar qualquer tipo de exposição desnecessária, reclamaram que seus filhos teriam ficado constrangidos com alguns tópicos do conteúdo apresentado e com a metodologia utilizada pelo palestrante, para falar sobre sexo e uso de preservativos.

Uma das mães teria ficado ainda mais indignada porque a escola teria mandado bilhete para os pais, avisando sobre a palestra em um determinado dia, no entanto, devido a um contratempo com o palestrante, a data teria sido transferida, porém, dessa vez, os pais não teriam sido comunicados. “Muitos pais não mandaram seus filhos à escola no dia que foi avisado, é um direito deles, mas naquela segunda data, todos os alunos estavam em sala de aula. Não achei isso correto”, disse a mãe.

Ainda de acordo com ela, o problema maior foi o fato de a filha ter chegado em casa com um comportamento estranho, algo que nunca havia acontecido. “Quando perguntei o que tinha acontecido na escola, ela relatou que havia assistido uma palestra e teria ficado constrangida com certos assuntos que foram comentados, por exemplo, a explicação as relações sexuais entre homossexuais. Sei que é um tema bastante atual, que deve ser abordado, mas é preciso ter cautela da forma como é exposto para crianças de 10 a 12 anos, talvez essa não seja a idade ideal pra isso. Ela fez um monte de perguntas a respeito, daí fui eu que me senti constrangida em ter que explicar”, confidenciou a mãe.

Outra mãe também teria ficado preocupada com a situação, alegando que o problema não diz respeito ao tema proposto, já está no currículo escolar, mas a forma como foi apresentado aos alunos. “São crianças pequenas, talvez a forma de abordagem tenha sido um pouco grosseira”, comentou.

A Secretaria Municipal de Educação alegou que não recebeu, via Ouvidoria, nenhuma reclamação de nenhum pai ou responsável. Mas disse que está à disposição para esclarecimentos sobre o trabalho realizado pela secretaria.

Texto: MAURENN BERNARDO

Publicado na edição 1185 – 17/10/2019

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