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A empresa, localizada no parque industrial de Araucária, é responsável por projetos bastante conhecidos como a CSN Paraná, o Teatro Ópera de Arame, a Arena da Baixada. Foto: Marco Charneski
Brafer celebra trajetória de sucesso ao completar 45 anos
A empresa, localizada no parque industrial de Araucária, é responsável por projetos bastante conhecidos como a CSN Paraná, o Teatro Ópera de Arame, a Arena da Baixada. Foto: Marco Charneski

A Brafer Construções Metálicas S/A está completando 45 anos de história, marcados por uma trajetória de crescimento e sucesso. Instalada no parque industrial de Araucária, em uma área de 96 mil m², localizada no bairro Barigui, a empresa fornece soluções em projeto, fabricação, galvanização, pintura e montagem de estruturas metálicas. A história da Brafer começou a ser escrita em 1976, pelas mãos do engenheiro Marino Garofani, fundador e atual presidente da empresa, que montou um escritório de projetos de estruturas metálicas no bairro Hauer, em Curitiba. No ano seguinte à sua fundação, a Brafer já começava a fabricar suas primeiras estruturas. No início eram realizadas pequenas obras, como coberturas e pavilhões industriais. Em 1980, o galpão alugado já não era mais suficiente para armazenar os estoques de fábrica. Assim, a empresa mudou-se para uma sede própria, em Araucária. “Devido à rápida expansão em questão de projetos, estoque e produção, além da atividade em outras cidades, vimos a necessidade de mudar para um espaço maior. Escolhemos Araucária por ser uma cidade próxima a Curitiba, ter um amplo terreno e acesso fácil às rodovias. A Brafer acredita muito na força de Araucária, além de ser grata por criar raízes aqui e crescer junto com o município”, explanou Garofani.

Entre as principais conquistas da empresa ao longo desses 45 anos, o fundador menciona o reconhecimento e respeito, tanto de clientes quanto de fornecedores e colaboradores. “Mantivemos nossa crença no trabalho sério, ético, sempre numa busca incansável pela melhor solução para cada projeto, fornecendo um produto de qualidade, gerando resultado e crescendo com o Brasil”, pontuou.

A Brafer hoje fabrica, beneficia e monta estruturas metálicas, feitas de aço, para obras industriais e de infraestrutura. Seus projetos são Taylor made, ou seja, feitos sob medida, o que significa que a empresa não trabalha com um produto de prateleira, pronto para ser oferecido ao cliente. Ao contrário, é o cliente que tem o projeto e as equipes fazem as adaptações dentro do que ele necessita, elaborando soluções personalizadas. “Hoje não é possível destacar apenas um setor de atuação da Brafer, pois o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil e América Latina muda ano a ano. Fornecemos estruturas metálicas para pontes, viadutos, aeroportos, portos, estádios, setor de minério, transporte, mercado de óleo e gás, papel e celulose, siderúrgica, múltiplos andares (hospitais, universidades, hotéis), petroquímico, e atualmente nossa atuação está muito forte no setor de energia elétrica e solar, com o fornecimento de torres, subestações e usinas”, ressalta o empresário.

O social como prioridade

Com quase meio século de vida, a Brafer traz o viés social e humanitário em suas raízes, e por isso tem em seu portfólio doações e manutenções voluntárias feitas no Hospital Pequeno Príncipe, Hospital Erasto Gaertner, na Instituição Pequeno Cotolengo, entre outras. “Em 2020 foram feitas doações de grandes quantias para auxílio a projetos específicos, escolhidos por desenvolverem trabalhos junto a grupos diretamente impactados pela pandemia”, citou Marino Garofani.

A empresa tem ainda a premissa de preparar os funcionários contratados ao invés de buscar profissionais “prontos” no mercado, e é por isso que conta com uma base de colaboradores com anos de trajetória e que cresceram junto da empresa. Segundo Garofani, muitos desses, inclusive, já foram até transferidos de unidade, saindo de Araucária e indo atuar nas outras localidades da empresa, no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora/MG. “Atualmente, na fábrica do Paraná, são cerca de 800 funcionários diretos, sem contar os indiretos, que atuam por meio de empresas e serviços terceirizados. A equipe cresceu junto com a empresa, já que a maioria dos gestores foram estagiários e tiveram espaço para evoluírem. Isso mostra que a nova geração já tem os valores enraizados e vão continuar disseminando a Brafer e sua competência em executar projetos complexos”, destacou.

Desafio na pandemia

Assim como as demais grandes empresas brasileiras, a Brafer enfrentou desafios diante de uma pandemia mundial. Um deles foi o preço do aço, a matéria-prima da empresa, que subiu cerca de 80% em todo o mundo. “Com isso, precisamos reavaliar a valoração de contratos, e até mesmo em como continuaríamos a produção, dada a situação da pandemia. Além disso, a Brafer sabia que precisaria repensar todos os processos que tinha no setor administrativo e operacional”, afirmou.

Ainda falando em pandemia, se antecipando em relação às demais empresas, no dia 12 de março de 2020, a Brafer criou o Comitê Contra a Disseminação do Coronavírus – CCDC, com equipes de gestão compostas por coordenadores, gerentes e diretores em todas as unidades do grupo. Com reuniões periódicas, foi possível ter maior agilidade no compartilhamento de informações, tomada de decisão e execução de ações, o foco do CCDC é preservar a saúde de todos. “Nossas ações se dão através de medidas coletivas e conscientização do indivíduo, tendo por finalidade a saúde de todos e a manutenção das nossas atividades. Distanciamento coletivo, distribuição de diversas máscaras para cada colaborador, sanitização diária profissional das áreas comuns, criação de novos turnos de início e fim de jornada de trabalho e de almoço, barreira sanitária na chegada dos colaboradores e na entrada do restaurante são algumas das ações que podem ser citadas”, comentou o empresário.

Ele lembrou ainda que a equipe do SESMT e os cipeiros vêm trabalhando incansavelmente desde o início da pandemia. E a empresa acredita que essa mobilização intensa e contínua foi fundamental para chegar ao cenário de hoje, com pouquíssimos casos de Covid-19 entre os funcionários, além disso, todos que contraíram a doença já estão recuperados. Isso sem falar no crescimento da empresa em 2020. “Por fim, a Brafer, por trabalhar com atividades essenciais como infraestrutura e energia, não precisou diminuir significativamente o ritmo, o que a manteve forte mesmo diante de um cenário incerto. Sem dúvida, a empresa aprendeu muito sobre resiliência, comprometimento e sobre ter serenidade para atravessar este momento difícil. Consistência e coesão foram palavras de ordem. Para o futuro, a Brafer continuará atendendo todos mercados que atua e fornecendo soluções sob demanda, de acordo com a necessidade da contratante. Atualmente, são cerca de 60 projetos em andamento. Mas, com certeza, um mercado que a indústria quer expandir atuação é no de energia solar, então esse é um objetivo que trará bons resultados futuros”, prevê Garofani.

Onde podemos ver o trabalho da empresa

Hoje, as pessoas podem ver a materialização do trabalho da Brafer em projetos bastante conhecidos como a CSN Paraná, o Teatro Ópera de Arame, a Arena da Baixada (Estádio Joaquim Guimarães), em Curitiba, além de outros estádios da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A obra-destaque do momento, por sua projeção nacional e complexidade estrutural, é a nova marquise e também a cobertura do novo centro de pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). Nacionalmente, uma obra muito conhecida de todos é a Arena Corinthians: a cobertura metálica do Itaquerão é da Brafer. A empresa também atuou na revitalização do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro e marcou presença nas Olimpíadas de 2016, no Rio, ao construir e ampliar a Arena Olímpica de Handebol e a Arena do Futuro.

Em mercado internacional, participou do maior investimento privado da história do Uruguai, a UPM, e de outras obras em países como Chile, Angola, Canadá e Panamá. A Brafer também fez parte de projetos de montadoras, como a Fiat, em Piracicaba, no interior de São Paulo, de usinas, como a Inge Solar, empresa franco-dinamarquesa com sede em Florianópolis, do Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, do Projeto Puma – planta de papel e celulose da Klabin em Ortigueira – PR e muitas outras.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1259 – 29/04/2021

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