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Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) mostram que Araucária alcançou nesta quarta-feira, 18 de agosto, a significativa marca de 76,5% do público-alvo da vacinação contra a Covid-19 já imunizados com pelo menos uma dose.

A campanha avançou ao longo das últimas semanas e o aumento de vacinados, mesmo que com apenas uma dose, já tem seus reflexos positivos no número de casos ativos da doença e na desaceleração do número de óbitos. Isto, obviamente, não quer dizer que a pandemia acabou.

Tanto não acabou que a cidade registrou na terça-feira (17) a triste marca de 500 vidas ceifadas em decorrência de quadros de agravamento da Covid-19. Porém, como explicou o Departamento de Vigilância em Saúde, desde a semana epidemiológica 28 (de 11 a 17 de julho), a cidade está em um cenário epidemiológico endêmico de 250 casos em média. “O comportamento destes dados repetiu-se nas semanas 29 (18 a 24 de julho), 30 (25 a 31 de julho) e 31 (01 a 07 de agosto). A demonstração de certa estabilidade possivelmente pode estar fortemente atribuída ao avanço da vacinação na população jovem (abaixo de 30 anos) se compararmos aos índices de mobilidade da população e flexibilização das medidas de restrição que seguem em ascensão”, informaram em nota.

A aproximação dos 80% de vacinados com a primeira dose também anima os técnicos da Secretaria de Saúde. “Seguramente podemos afirmar que a imunização de 80% da população vacinável com imunizantes com média de 70% de efetividade já na primeira dose contribui para bloquear a circulação do vírus assim como a imunidade adquirida pela população jovem que foi exposta ao vírus, mas não desenvolveu a doença (casos assintomáticos ou sintomáticos leves), ampliou a proteção conferida pela tão falada imunidade coletiva”, analisaram.

Como todo bom setor técnico, a análise positiva do cenário local vem acompanhada da enfatização da necessidade de manutenção das medidas de prevenção ao contágio pela doença. “Reforçamos a necessidade da manutenção dos cuidados não farmacológicos, como uso de máscaras, distanciamento social e ventilação como medidas de prevenção, pois em meio a vacinados e não vacinados, existem pessoas que não desenvolverão e/ou não desenvolveram imunidade suficiente para defender-se contra o vírus”, finalizam.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1275 – 19/08/2021

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