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A maquete dos alunos mostra como deverá ficar o “Bosque do Futuro”. Foto: divulgação
Projeto de estudantes vira história de sucesso em evento mundial de educação
A maquete dos alunos mostra como deverá ficar o “Bosque do Futuro”. Foto: divulgação

A professora araucariense Elizangela Carvalho, que atua na rede de ensino de Curitiba, representou o Brasil no World Education Week 2021, um evento internacional para que instituições de ensino compartilhem suas histórias de sucesso na área educacional. Na terça-feira, 6 de outubro, ela fez uma apresentação online do projeto “Bosque do Futuro”, que surgiu da iniciativa dos estudantes da Escola Municipal Professora América da Costa Sabóia, localizada na vila Verde, Cidade Industrial de Curitiba, com intuito de dar uma importância maior ao bosque localizado ao lado da escola.

O projeto dos alunos foi criado em setembro de 2018, por crianças com idade entre 7 e 10 anos, do terceiro até o quinto ano da unidade de educação integral anexa à Escola Municipal Professora América da Costa Sabóia. “Havia a necessidade de uma área verde nesta unidade educacional, pois a escola não possui sombra para a realização de atividades externas. Dessa forma, foram feitos plantios de árvores com os estudantes, mas infelizmente nos finais de semana as mudas eram arrancadas por pessoas da comunidade. Conversamos mais sobre esses problemas, que foram indicadores para que pudéssemos olhar além dos muros da escola. Assim surgiu o Bosque do Futuro, para buscar a transformação deste ambiente em diferentes espaços de aprendizagem, respeitando o meio ambiente. Visitamos o bosque com os alunos e eles identificaram uma realidade de destruição, descarte de lixo, retirada inadequada do solo comprometendo as raízes das árvores, e registraram tudo com fotos”, explica a professora.

Segundo ela, os alunos pensaram em algumas soluções para o problema e acabaram criando uma maquete com dois metros de comprimento, sugerindo ideias para transformar a área poluída ao lado da instituição em um bosque escolar, com um ambiente interativo, educacional e social, para integrar escola, natureza, tecnologia e comunidade.

“Durante anos nada foi feito para preservar o bosque e, por isso, os alunos decidiram partir para a ação. Fizemos várias campanhas, folders, desenhos, plaquinhas, até que veio a ideia da maquete do bosque, sugerindo a revitalização e a transformação em um espaço diferenciado de aprendizagem, ao mesmo tempo em que se preservará sua biodiversidade”, disse Elizangela.

Além dos cuidados com o meio ambiente, o bosque poderá receber atividades educativas como aulas de campo, trilhas ecológicas, pesquisas científicas relacionadas ao meio ambiente, construção de um quiosque literário para atividades culturais, áreas de lazer com brinquedos rústicos, academia ao ar livre com iluminação de painéis solares para que as famílias possam utilizar os equipamentos durante a noite.

Até o próximo dia 8 de outubro, mais de 100 escolas e 20 instituições apresentarão suas experiências no World Education Week 2021, evento promovido pela T4, uma organização britânica que promove a divulgação internacional de boas práticas educacionais entre professores e escolas.

Experiência

A araucariense Elizangela Carvalho tem 40 anos e é professora há 21 anos, com formação em Letras: Português e Inglês, Especialização em Metodologias de Língua Portuguesa e Estrangeira, estudando Especialização em Metodologias Ativas de Aprendizagem.

Há 15 anos é professora na rede pública de ensino em Curitiba, atuando na Educação Integral e no Espaço de Criação do Farol do Saber e Inovação. “Faço parte da equipe de articuladores da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa do Núcleo Curitiba. Estou sempre à disposição para aprender, compartilhar, acreditar que podemos com a educação construir um mundo melhor. Acredito que tudo é possível!”, pontuou a professora.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1282 – 07/10/2021

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