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A Rodoviária dos Anos 80

A Rodoviária dos Anos 80
Foto: Divulgação

Inaugurada em 1976 no final da administração do Bel. José Tadeu Saliba (in memorian), o atual Terminal Rodoviário do Centro de Araucária, vinha atender o crescente número de moradores e usuários dos ônibus que diariamente vinha sendo acrescido de utilidade desde que grandes indústrias vinham se estabelecendo em nossa cidade.

Até o ano de 1976 o Ponto de Chegada e Saída dos ônibus dava-se na Praça Dr. Vicente Machado, em frente ao antigo Bar do Donato. Apesar de nunca ter sido oficialmente declarado como terminal de ônibus, o local era utilizado por se tratar do centro de Araucária, e a praça central era até então o lugar onde se encontravam os principais endereços procurados pela população. Ali no centro era a Sede dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além das agências bancárias que na época eram apenas a Caixa Econômica Federal, o Banco Bamerindus (extinto) e o Banestado (extinto), além de ser também onde se encontravam o maior número de lojas e outros estabelecimentos comerciais.

Mas, foi na década de 70 que chegou a Petrobrás em nossa cidade e junto um grande número de outras indústrias também se estabeleceram, e Araucária deu um grande salto tanto na forma de progresso como em número de moradores, o que tornou a frota de ônibus que até então era suficiente pequena, e o ponto de saída e chegada insuficiente, e com base nessa nova realidade foi construída a primeira Estação Rodoviária de Araucária.

O local escolhido foi às margens da Rodovia do Xisto, onde parte do terreno da Fábrica de Tecidos de Linho São Patrício (já com atividades encerradas) da Família Charvet, foi utilizado para o grande empreendimento. Na época de sua construção e inauguração a Estação Rodoviária mostrou-se grande o suficiente para seus usuários, na época chegou a ser comentado que seu tamanho era maior que se precisava, mas hoje podemos ver claramente que já foi de grande para tamanho ideal e agora está se tornando pequeno, pois mudanças ocorrem dia a dia em Araucária e a cada dia o número de usuários se torna maior.

No início, ou seja, nos anos 70, ainda rodava pela cidade aqueles grandes ônibus na cor amarela, mas já na década de 80 a cor dos coletivos mudou para um tom bege e marrom, e, muitos lembram com muitas saudades especialmente desta frota, que a maioria insiste em chamar de “os ônibus marrons”.

E como vemos na foto, a frota dos Marrons era grande, havia inclusive alguns ônibus menores chamados de Supletivos que era utilizado por poucas pessoas por ser menor e incluía a proibição de ter passageiros em pé, era um conforto a mais. E logo uma nova frota começou a utilizar também esse espaço, chegavam os Ônibus do TRIAR, e assim os espaços de embarque e desembarque foram sendo preenchidos.

Todos os veículos que fazem uso deste terminal, percorrem as estradas do Município e o trajeto Curitiba/Araucária. A Empresa Araucária de Transportes Coletivos vem operando em nossa cidade desde a chegada dos primeiros coletivos na década de 30 quando a Família Franceschi trouxe as primeiras “Jardineiras” e faziam o trajeto Centro/Estação e vice-versa. A frota foi se modernizando e sendo ampliada e assim segue até nossos dias.

A Estação Rodoviária que até algumas décadas atrás era considerada grande, hoje tem sido alvo de constantes cobranças de seus usuários por considerar o espaço reduzido, e até mesmo a frota obsoleta, já deixou de ser chamada de Estação Rodoviária e agora é o Terminal do Centro. Nesta foto, dos anos 80, ainda podemos ver que muitas construções que existem hoje ao longo da Rodovia do Xisto só passaram a existir após a implantação da Rodoviária. Araucária, é uma cidade que se expande com o progresso todos os dias, e, se seguir esse ritmo, logo esse terminal será mais um ponto de bairro, e talvez no futuro venhamos sentir as saudades das cores de outros coletivos como agora sentimos saudades dos Marrons e deste movimento tranquilo em pleno horário de pico.

Edição n.º 1424.

Texto de responsabilidade de TEREZINHA DE SOUZA POLY – Administradora da Página Araucária uma Cidade uma Saudade do Facebook. Foto do acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

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