O SIFAR, vem a público se solidarizar com a greve nacional dos caminhoneiros que enfrentam diariamente o risco nas estradas em relação à violência, o desgaste da saúde física e mental gerados pela natureza do trabalho, as dificuldades em conseguir custear a manutenção dos caminhões, pedágios e o valor do combustível. Sabemos muito bem que são os trabalhadores os mais afetados. A exploração do trabalho vem se intensificando com as medidas que o governo impõe aos trabalhadores com a retirada de direitos da Reforma Trabalhista e a tentativa da Reforma da Previdência, que ainda não foi aprovada pela resistência do conjunto dos trabalhadores, o que gerou recuo dos políticos em período eleitoral.
A luta é legítima, e todos os trabalhadores, independente da categoria ou regime, seja CLT ou estatutário, sofrem com os ataques dos patrões e governos que nos exploram cada vez mais para manterem o lucro. Diante desta luta que é por direito dos trabalhadores, vemos patrões querendo direcionar o movimento. Não adianta diminuir impostos se corta da saúde e da previdência. É preciso cobrar mais dos patrões (as grandes empresas), e menos dos trabalhadores e da população.
Vemos também os políticos oportunistas que se dizem salvadores trazendo soluções mágicas, como intervenção militar, ou até mesmo propondo candidatura à presidência da república. Este tipo de político não representa trabalhador, representa o empresariado e a perpetuação de políticas que sucateiam os serviços públicos e exploração dos trabalhadores autônomos e assalariados.
Não existe mágica, existe o nosso poder enquanto trabalhadores, na união, na paralisação da produção e circulação de mercadorias, forçando os patrões a cederem se quiserem retomar sua produtividade. Não são promessas de candidatos que mudam nossa situação, não é o regime militar que melhorará a vida dos trabalhadores. Nem direito à greve os trabalhadores tinham no período de ditadura, quando muitos dos nossos foram mortos e o lucro dos patrões só aumentou.
Nós do SIFAR não apoiamos nenhum candidato, temos autonomia em relação a partidos políticos e independência do estado e do patrão. Lutaremos com toda nossa garra e força para manter os direitos dos trabalhadores e combateremos aqueles falsários que tentam iludir a população para adotar a mesma política de retirada de direitos e piorar, ainda mais, nossas condições de vida, trabalho e organização.
Firmes!!
Publicado na edição 1115 – 30/05/2018
