Superfaturamento na compra de terreno pela Codar vai a julgamento

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Superfaturamento na compra de terreno pela Codar vai a julgamento
No destaque, trecho da denúncia em que MP aponta que dono do terreno teria entregue R$ 400 mil em dinheiro vivo como forma de “propina”. No destaque, como está a área hoje

 

Ainda neste mês de agosto acontecem as audiências de instrução e julgamento da ação penal oriunda da fase Alqueire de Ouro da operação Sinecuras. A juíza responsável por julgar o caso, Débora Cassiano Redmond, reservou quatro dias para que sejam ouvidas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pelos nove réus, além destes próprios.

Como se sabe, nesta fase, é apurada a compra pela Companhia de Desenvolvimento de Araucária (Codar) de um terreno na região de Taquarova, às margens da PR-423, por um valor muito superior ao que de fato ele valia.

De acordo com o MP, o imóvel foi adquirido pela Codar por R$ 1,8 milhão quando seu valor de mercado não passaria de R$ 1 milhão. Ainda conforme o órgão ministerial, a engenharia para adquirir esta propriedade teria começado muito tempo antes, quando a direção da Codar arquitetou a venda de alguns lotes que pertenciam à companhia, de modo a colocar dinheiro na empresa e, posteriormente, ter caixa para comprar essa área em Taquarova por um valor superfaturado.

Inclusive, ao longo das diligências promovidas pelos promotores que atuam no caso, o proprietário do imóvel, Dorivaldo Domingues de Souza, teria admitido o repasse de R$ 400 mil em dinheiro vivo ao corretor Sebastião Henrique de Melo, o Kennedy, que intermediou a venda.

São réus nesta ação dois ex-prefeitos: Olizandro José Ferreira e Rui Sérgio Alves de Souza. Três ex-diretores da Codar: Marco Antonio Ozório, Fernanda Karas e Beatriz de Oliveira Magalhães. Dois corretores de imóveis da cidade: Ivone Gross de Lima e Sebastião Henrique de Melo, o Kennedy. E, finalmente, o casal proprietário do imóvel: Dorivaldo Domingues de Souza e Rosemary Minelli de Souza.

A dinâmica definida pela juíza para ouvir as testemunhas foi a seguinte: nos dias 27 e 28 de agosto começam os depoimentos das pessoas arroladas pela acusação, ou seja, o MP. Se houver tempo, no mesmo dia 28, inicia-se a oitiva das testemunhas arroladas pelos réus, sendo que o procedimento tem continuidade no dia 29. Por fim, em 30 de agosto, serão feitos os interrogatórios dos nove réus.

Na sequência, a não ser que haja novas diligências autorizadas pela magistrada, é aberto prazo para que as partes façam as suas alegações finais.

Findado este prazo, o processo volta para que seja sentenciado. Logo, se tudo ocorrer dentro da normalidade, é bem possível que a fase Alqueire de Ouro da Sinecuras já esteja sentenciada até o final de setembro.

Texto: Waldiclei Barboza

Foto: Marco Charneski

Publicado na edição 1125 – 09/08/18

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