Pole Fitness se consagra como atividade física

O pole une movimentos de ginástica e dança contemporânea
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O pole une movimentos de ginástica e dança contemporânea
O pole une movimentos de ginástica e dança contemporânea

Com uma performance diferenciada e aprimorada do antigo pole dance, a atleta ucraniana Anastasia Sokolova mostrou ao mundo que o pole fitness é muito mais do que girar ao redor de uma barra e atrair olhares masculinos. Para isso, a garota decidiu inscrever-se no Ukraine Got Talent 2013, um dos mais famosos reality shows da Europa e, ao final de todas as etapas, foi a vice-campeã geral do concurso, mostrando ao mundo que a modalidade é um esporte que exige força, concentração e muita habilidade. “Hoje ela é a pole dancer mais famosa do globo, e eu tive a alegria de ter uma aula especial com ela em dezembro de 2014 na capital paulista”, conta Camila Costa, primeira atleta araucariense de pole fitness.

De acordo com a jovem, a atividade tem se tornado mais popular nos últimos anos, mas a luta para que ela seja vista como modalidade de exercícios físicos iniciou em 1990, quando mulheres comuns começaram a treinar para manter a forma. “O pole é muito eficaz, pois une movimentos de ginástica, dança contemporânea e ajuda a aluna a obter força nos membros superiores e inferiores, resistência e também uma disciplina incrível”, comenta.

Por isso, assim que conheceu a novidade em 1999, Camila decidiu iniciar o treinamento. “Eu tinha 19 anos e morava em Curitiba, então ingressei nas aulas e me apaixonei loucamente por atividade física a ponto de acordar no sábado e no domingo de manhã para treinar barra no parque”, recorda a garota, que hoje participa em diversos torneios do país e possui um Studio de Pole Fitness em Araucária.

Segundo ela, seu Studio começou em uma sala de poucos metros quadrados perto da Prefeitura, onde ela estava incerta a respeito da receptividade em Araucária. “Até hoje existem pessoas que fazem comentários preconceituosos, mas nós respondemos que o pole se trata de um exercício e que elas deveriam fazer uma aula para conhecer a modalidade e mudar seus conceitos”, comenta a aluna Renata Sami, de 16 anos.
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Mesmo com conceitos equivocados apresentados por algumas pessoas, o Studio cresceu rapidamente e já atendeu centenas de araucarienses desde sua inauguração em 2013. “Inclusive, temos alunas de diversas idades e pessoas que procuram o pole fitness como uma opção para se exercitar e melhorar a autoestima”, afirma Camila.

Uma dessas alunas é a pedagoga Eliane Valoto, de 39 anos. “Eu queria me sentir melhor com meu corpo, então comecei a treinar e gostei muito da didática”, conta a araucariense que, nas primeiras aulas, já realizou movimentos complicados. “Eu sempre fui ‘ratinha de academia’, mas nunca havia realizado uma atividade que fizesse eu me sentir tão capaz e atuasse de maneira tão positiva no meu psicológico aliviando o stress e me tornando muito mais confiante”.

De acordo com a professora das turmas iniciantes, Aline Nadoroski, esses benefícios podem ser alcançados por qualquer aluna, no entanto, é necessário dedicação e perseverança. “Se a pessoa não está acostumada a fazer atividade física, ela vai sentir dores ao subir na barra e o fôlego será difícil na realização dos movimentos. No entanto, ela não deve desistir porque isso vai passar. É uma superação a cada dia”, garante Aline, que treina há um ano e cinco meses e orienta as turmas iniciantes. “Eu sou uma prova de que você não necessita de muito tempo treinando para perceber sua evolução, mas precisa se dedicar a cada aula, respeitando seus limites”.

O respeito a esses limites é tão importante que todo studio de pole fitness deve realizar uma avaliação com as interessadas e pedir um atestado de aptidão física antes do início das aulas. “Mas as contra-indicações são mínimas e nós já tivemos alunas de quase 60 anos que se destacaram. O importante é não ter medo de arriscar”, finaliza Camila

As crianças também podem!
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Enquanto jovens e adultas aproveitam o pole fitness como uma maneira de melhorar a silhueta e aumentar a autoestima, muitas crianças têm optado pela atividade ao unir brincadeiras, exercícios e disciplina. “Eu fazia judô, mas acabei saindo e vindo para o pole, que é muito legal. Estou quase fazendo abertura total e já aprendi vários movimentos”, conta a pequena Emily Garbeloto, de sete anos.

Além dela, outra aluna que começou a praticar pole fitness foi Amanda Valoto, incentivada pela mamãe. “Eu comecei as aulas e vi que seria uma ótima oportunidade para minha filha fazer exercícios, então eu a trouxe”, conta Eliane Valoto. Segundo ela, a pequena amou o pole, mas também começou a praticar lira circense, modalidade desenvolvida em um grande arco fixo no teto, no qual realiza movimentos incríveis. “Hoje eu consigo virar de cabeça para baixo, faço inversões e ainda emagreci e melhorei na escola”, conta a garota, de dez anos.

De acordo com a instrutora Camila Costa, resultados como esse são comuns devido à disciplina exigida durante as aulas. “A criança tem mais facilidade que o adulto para executar os movimentos, mas também precisa de treinamento e foco, o que é ótimo para o desenvolvimento dentro e fora do stúdio”, garante.

Texto: Raquel Derevecki / Foto: Everson Santos

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