Professores do Estado entram em greve

Professores protestaram pela crise na Educação
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2 Everson Santos - Cópia

Professores protestaram pela crise na Educação
Professores protestaram pela crise na Educação

Os professores da rede estadual deliberaram, em assembleia no sábado (07), por unanimidade de votos, não retornar às aulas na segunda-feira e permanecer em greve por tempo indeterminado. Em Araucária, 17 escolas estão de portas fechadas, com adesão total de professores e funcionários. A fim de demons­trar a revolta da categoria, no final da semana passada, educadores de Araucária reali­zaram um ato de repúdio com o intuito de informar e conscientizar a população sobre a atual conjuntura da educação, já que cerca de 9.300 alunos ficarão sem aula.

Um integrante do comando de greve ressaltou que a luta da categoria é por condições de trabalho em âmbito geral. “Hoje, infelizmente, trabalhamos com excesso de alunos em sala, escolas sem merenda, falta de professores para compor o quadro, falta de pagamento de um terço das férias e auxílio alimentação, valor fixo do vale transporte, entre outros problemas como a demissão em massa de professores sem a res­cisão de contrato e o esquecimento dos quinquênios, que é direito dos educadores”, afirmou.

A manifestação de professores que atuam pelo Estado em Araucária, na tarde da última sexta-feira, aconteceu nas ruas Victor do Amaral com a Coronel Antônio Xavier, no centro da cidade. A intenção era sensibilizar a população e os alunos sobre a situação caótica que encontra-se a educação, de acordo com a APP Sindicato. “A nossa indignação é a respeito da mensagem que o governador Beto Richa mandou, cortando os benefícios dos professores com a alegação de falta de verba pública. Por isso, decidimos fazer este ato para deixar os araucarienses cientes da situação em que estamos”, ressaltou um professor.

Ontem os professores estiveram em frente às escolas recepcionando estudantes e explicando os motivos que os levaram à paralisação do serviço. No período da tarde, educadores participaram, na Assembleia Legislativa do Paraná, de um debate público para esclarecer o impacto do “pacotaço da maldade”. Hoje, a categoria deve participar da votação dos projetos de lei propostos pelo governador. Amanhã haverá manifestação no Palácio Iguaçu, em Curitiba, e, nos próximos dias em Araucária, estão previstas atividades nos bairros e no centro da cidade com a distribuição de materiais informativos. O comando de greve permanece na escola Julio Szymanski.

Dívidas do governo com os educadores

De acordo com a APP Sindicato, o governo deve em torno de R$ 130 milhões a 29 mil professores que estão sem pagamento. Os salários atrasados de 2014 somam aproximadamente R$ 90 milhões e o não pagamento de parte das férias totaliza cerca de R$ 150 milhões.

Posição do Estado

Até o final desta edição a Secretaria de Educação do Paraná não se posicionou a respeito da situação de greve.

Texto: Rafaela Carvalho / FOTOS: EVERSON SANTOS

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