Projeto Apadrinhamento já apresenta casos de sucesso

A primeira reunião com padrinhos e interessados aconteceu no dia 3 de dezembro
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Crianças que tiveram seus direitos violados em casa podem  voltar a ter convivência familiar
Crianças que tiveram seus direitos violados em casa podem
voltar a ter convivência familiar

O Projeto Apadrinhamento, criado em Araucária para ajudar crianças acolhidas institucionalmente pelo Estado, já mostra resultados na vida dos voluntários e dos pequenos. Por isso, os responsáveis pelo projeto prepararam um evento especial no dia 3 de dezembro para alguns padrinhos e outras 10 famílias interessadas em ingressar no programa.

De acordo com Cristiane do Nascimento, coordenadora da Casa do Acolhimento de Araucária, a reunião aconteceu no Centro de Atendimento Especializado à Família e teve o objetivo de apresentar os primeiros casos de sucesso. “Pessoas que já estão apadrinhando deram seu depoimento de como isso mudou suas vidas e a vida das crianças, então foi bem emocionante”, conta.

Um desses casos é o da arau­cariense Rossana de Moraes Bueno, de 35 anos. Solteira e sem a intenção de ter filhos neste momento, ela decidiu se inscrever na modalidade de apadrinhamento afetivo para proporcionar a uma criança a oportunidade de manter a convivência familiar. “Só que hoje eu percebo que é muito mais do que isso. Trata-se de uma troca de amor. Então, tem sido uma experiência fantástica e de grande crescimento pessoal”, afirma a madrinha de um garoto de onze anos que foi afas­tado da família aos quatro. “Nossa relação me trouxe grande alegria, e quem convive comigo percebe isso”, garante.

Ao ouvirem relatos como esses, os solteiros, idosos e casais que estavam presentes no encontro se encantaram com a proposta e vários já encaminharam sua documentação ao Fórum. “Agora, a equipe técnica fará uma visita à casa dos interessados, realizará uma avaliação psicológica simples e depois os atendimentos em grupo para que haja sinergia entre os padrinhos e a criança”, adianta o promotor da Infância e Juventude local, David Kerber Aguiar, que convida outros interessados a aceitarem o desafio e vivenciarem essa experiência.

Para a juíza da Infância e Juventude da cidade, Maria Cristina Franco Chaves, que também acompanhou a reunião do último dia 3, o projeto consegue resultados tanto no desenvolvimento daquele que se propõe a apadrinhar como da criança que é apadrinhada. “De certa forma, o que esses padrinhos estão fazendo é ajudar esses pequenos a recupe­rar a confiança no ser humano. E é muito gratificante vermos uma criança que teve seus direitos subtraídos pela família voltar a confiar num adulto”, comenta a magistrada, acrescentando: “Por isso, a responsabilidade de cada um desses voluntários é enorme. Não podemos falhar com essas crianças, que já estão na situação de acolhimento porque os cuidados com elas foram negligenciados em outro momento”.

A próxima reunião com interessados acontece em janeiro. Mais informações no CAEF pelo telefone 3901-5424, na Casa de Acolhimento pelo 3905-6041 ou no Fórum, que atende pelo número 3642-3123.

Texto: Raquel Derevecki / FOTOS: Everson Santos

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