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O cantor, compositor e multi-instrumentista araucariense Cleverson Willian Honório, 24 anos, conhecido como Dom Quixote, foi indicado para concorrer ao 27° Prêmio da Música Brasileira, um evento que é referência em premiações de artistas de renome e também descobre talentos na categoria “Revelação”. Cleverson é autor do projeto Dom Quixote a Rir Sozinho e foi seu último trabalho, o EP “Motivo”, que o fez despontar como uma das promessas para a música brasileira contemporânea.

O EP foi lançado em agosto de 2015 e o título faz referência ao alter ego do artista, uma tentativa de falar sobre sua vida, as experiências más e boas, com poesia e experimentalismo musical. O trabalho contém músicas que vão desde o folk clássico, com violão, cello, voz e coral, viajando também pela música eletrônica, misturando samplers, teclados e sintetizadores com instrumentos de corda.

O cantor conta que ficou surpreso ao ser indicado ao prêmio, ter seu trabalho reconhecido nacionalmente e ainda poder concorrer ao lado de grandes nomes da música popular brasileira. “Posso não ficar entre os vencedores, mas pra mim já é uma honra estar junto com artistas renomados como Gilberto Gil, Djavan, entre tantos outros, que também são indicados ao prêmio”, disse Dom Quixote.

Segundo ele, a seleção terá três vencedores, que serão avaliados por 20 jurados altamente gabaritados, e o resultado está previsto para o segundo semestre. “Meu trabalho chegou até a comissão que seleciona os cantores através da internet, e com certeza após esta indicação, será reconhecido ainda mais”.

Trajetória

Dom Quixote começou na música muito cedo. Aprendeu a tocar violão aos 13 anos e guitarra aos 14, por influência do irmão. Seu primeiro show foi aos 15 anos, tocando como guitarrista solo do Erne o Colono, no Festcar. Aos 16 anos já participava de diversos projetos como músico acompanhante no rock, especialmente dentro do movimento URRA, em Araucária, ajudando a organizar os eventos e aprendendo sobre som e palco, como guitarrista solo. “Sempre fui muito tímido e, aos poucos, com a experiência, fui vencendo o medo dos palcos. Entre meus 17 e 18 anos tentei criar diversos projetos de música própria, mas não conseguia achar um vocalista que interpretasse as minhas composições do jeito que eu imaginava, então resolvi aprender a cantar e tomar a frente nos palcos. Nesta época, em 2010, montei a Caneco de Madeira, que ano passado lançou o EP “Vizinho”, e a Uprising – esta que não existe mais. Da Uprising surgiu a Stellium, em 2012, que atualmente está nos passos finais de lançar um material também. A Caneco tem um som mais blues, e a Stellium mais rock alternativo. Ambas são autorais”, relembra o cantor.

Embora sempre estivesse envolvido com o rock, Dom Quixote tinha um lado mais acústico, MPB e experimental, mas havia dificuldade pra expressar nesses outros projetos. Resolveu então começar a gravar sozinho, indo pra os teclados, vozes e violão ao invés das guitarras e da distorção. “Disso surgiu, em 2013, meu primeiro EP “Ensaio sobre o amor próprio”. Era mais um desabafo sobre minha vida pessoal ou uma tentativa de buscar minha identidade, muito mais viajado, mas o pessoal gostou e pediu mais coisas. Nessa época eu estava ocupado com as bandas e não tinha tempo pra me dedicar ao solo. Foi então que no segundo semestre de 2015 eu botei na cabeça que tinha que voltar a gravar algo solo. Um amigo meu, o Lucas Fier, ilustrador, tinha feito uma capa pensando numa conversa que nós tivemos, e isso me incentivou mais a compor. Na época eu ainda não tinha o EP, mas já tinha o nome e a capa. Daí nasceu o conceito do EP “Motivo”. Então comecei a gravar e compor de novo. Terminei tudo em umas três semanas. Fiz o lançamento online por uma página nacional chamada “Tenho mais discos que amigos”, o que me deu bastante repercussão na época.

No início desse ano recebi uma mensagem de um produtor do RJ me convidando pra participar do Prêmio da Música Brasileira. Fiquei um tanto surpreendido, porque até então eu não conhecia o prêmio, e quando pesquisei e vi que era algo grande, que grandes artistas do cenário nacional participavam dele, senti certo medo. Mas arrisquei e topei o desafio. Com a ajuda de alguns amigos, em especial o Pedro do URRA e o Rhuan do Ponto Centro Cultural, eu fiz algumas cópias do meu EP e enviei pro RJ. Tive êxito e fui classificado na pré-seleção, e agora estou concorrendo com artistas do país todo a um dos três primeiros lugares e, uma das 12 categorias. Gostaria muito que fosse na categoria “Revelação”. Fiquei feliz com o resultado porque independentemente de me classificar em um bom lugar em alguma categoria, ganhar o prêmio ou não, significa que meu trabalho é visto como um trabalho de qualidade e do mesmo nível que grandes artistas de grandes gravadoras. Meu trabalho está disponível pra audição para o público no site do prêmio, ao lado de artistas consagrados. Araucária tem uma cena cultural muito forte e isso merece ser destacado. Sem essa cena eu não teria um campo frutífero de aprendizado que me levou até aqui agora. Espero que isso gere frutos pra dar continuidade a divulgação da minha música e. claro, que isso repercuta na visibilidade de todo cenário local.

Serviço

Conheça o trabalho de Dom Quixote nos links:

• Facebook: https://www.facebook.com/domquixotearirsozinho

• Prêmio da Música Brasileira: http://www.premiodamusica.com.br/audicao/2016-3060/

Links para o EP:
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=NrSwhu24bIE
Spotify: https://play.spotify.com/album/48xLvVSsxgyUu0u4dxvunp
Deezer: http://www.deezer.com/album/11383224
Download:https://www.4shared.com/rar/t-pjmna2ba/Dom_Quixote_-_Motivo__2015_.html

E-mail da banda: dommquixote@gmail.com
Telefones para contato: (041) 9835-1486 e (041) 3643-0700

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Everson Santos

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