O corpo de um jovem foi encontrado em um matagal na rua Alberto Lesniowski, no bairro Costeira, na tarde de quinta-feira, 22 de março.
A Polícia Militar foi acionada para uma ocorrência de achado de cadáver. Chegando ao local, o fato foi constatado, mas a cena era um tanto quanto macabra. Ao lado do corpo do rapaz, havia um cachorro enforcado e um segundo cão estava comendo o rosto do cadáver humano.
Populares que passaram pelo local teriam dito que o cão enforcado era da vítima, que, por sua vez, de acordo com informações preliminares da perícia, morreu com um tiro na nuca. O projétil teve como local de saída o rosto do rapaz. Portanto, de acordo com a Delegacia, há características de execução no assassinato do jovem. O corpo foi recolhido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em Curitiba.
Dois dias depois da localização do corpo, no sábado, 24 de março, familiares de Gabriel Luiz Cardoso, 17 anos, foram à Delegacia de Polícia Civil de Araucária para registrar um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do garoto.
Os familiares dele mencionaram que tiveram conhecimento que um corpo de um adolescente teria sido encontrado recentemente e que desconfiavam que poderia ser de Gabriel. A avó dele foi ao IML para fazer o reconhecimento. E, dito e feito, era mesmo Gabriel.
Na DP, os familiares informaram que o menor era usuário de drogas e tinha envolvimento com o tráfico, além de ser mal influenciado por amigos. Apesar disso, comentaram que não desconfiam quem pode ter sido o autor, ou autores, do homicídio.
Ainda, a respeito do cão enforcado, que acabou caracterizando uma cena de crime horripilante, também acredita-se que ele tenha sido morto na frente de Gabriel, a fim de provocar-lhe sofrimento antes de levar o tiro fatal.
ANTECEDENTES
Alguns boletins de ocorrência, indicando a autoria de Gabriel, já haviam sido registrados desde o ano de 2014. Alguns deles apontando o envolvimento com drogas, outros por furto e roubo, ainda por dano, lesão corporal, ameaça e injúria.
Boletins relatando seu desaparecimento também já haviam sido registrados, sendo dois em 2015 e um em janeiro deste ano, o que, conforme a DP, pode significar que ele eventualmente fugia de casa.
Fotos: divulgação
Publicado na edição 1106 – 29/03/2018
