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Clima tenso marca audiência pública da saúde em Araucária
O Hospital de Araucária esteve no centro das reclamações. Foto: Everson Santos

 

A audiência pública sobre saúde, realizada na quinta-feira, 27 de junho, foi marcada por muita tensão e questionamentos ao secretário de Saúde, Carlos Alberto de Andrade. Vereadores e população compareceram à Câmara Municipal para discutir os principais problemas que afetam o funcionamento do sistema, e cobraram soluções dos gestores. O vereador Fabio Alceu Fernandes, que teve a iniciativa de promover o debate, com apoio dos demais edis, abriu os trabalhos, enumerando uma série de reclamações feitas pelos moradores, entre elas a falta de médicos e de medicamentos, demora nas liberações de consultas e exames e ainda citou um caso específico em que um paciente aguardou um ano para uma consulta com um oftalmologista, apesar da indicação cirúrgica.

“Já sugeri a instalação de um painel nas unidades, constando os nomes dos médicos e seus respectivos CRMs que estão atendendo no determinado plantão, bem como o número de pessoas presentes naquela unidade, mas a Secretaria de Saúde nem sequer se manifestou”, criticou. O vereador também chamou a população para formalizar as denúncias referentes ao sistema, e não fazer críticas somente através das redes sociais.

Representantes de escolas, sindicatos, associações de moradores apontaram uma série de dificuldades e sugeriram algumas medidas que poderão ser adotadas, já que a cidade dispõe de recursos, só falta um melhor gerenciamento. Entre as sugestões estão o trabalho com prevenção e qualidade nas unidades básicas de saúde, organização da gestão no que diz respeito a discussões dos problemas, maior atuação da comissão especial para acompanhamento da gestão do Hospital Municipal (HMA).

Em resposta aos questionamentos o secretário Carlos Alberto disse que assumiu a gestão com muitas dívidas e problemas, mas que estão trabalhando no sentido de reverter a situação. Citou a contratação de novos profissionais, da possibilidade de reabertura do NIS, da construção de uma nova UPA, das reformas nas UBS. “Temos um planejamento para este segundo semestre, mas vale lembrar que muitos projetos ainda dependem de viabilização financeira”, pontuou.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1170 – 04/07/2019

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