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Coluna SMED: O processo de transição do público-alvo da educação especial (PAEE) entre as etapas de ensino

Quando a criança inicia o seu processo educacional, este vem acompanhado de várias relações que a criança e sua família estabelecem com a Unidade Educacional e a sua cultura escolar, por isso é necessário realizar uma reflexão sobre o processo de transição que ocorre entre as etapas de ensino dessas crianças e, particularmente, dos estudantes PAEE (Público-alvo da Educação Especial).

Essa transição requer organização do trabalho pedagógico, característico de cada uma das fases, pois se diferencia em diversos aspectos do desenvolvimento humano como: afetivo-emocional, social, intelectual, físico-motor.

Nesse trabalho deve-se propiciar um percurso contínuo ao longo de toda a etapa da Educação Básica, no qual as profissionais especialistas dos Atendimentos Educacionais Especializados (AEE) que acompanharam as crianças/estudantes PAEE, no decorrer da sua escolarização, necessitam encaminhar suas orientações de forma adequada, realizando um acompanhamento pedagógico e desempenhando dessa forma um papel essencial no desenvolvimento acadêmico e socioemocional desse público.

A mediação realizada no período de transição auxilia as crianças/estudantes, não só no enfrentamento dos desafios do futuro currículo com mais confiança, mas também reduzindo a ansiedade, pois esse processo pode representar medo do desconhecido. Nesse sentido, auxilia no desenvolvimento das habilidades de organização, autorregulação e autogerenciamento, que são fundamentais para o sucesso na escola e na vida.

Os pais também desempenham um papel importante nesse processo, efetivando a matrícula em AEE no caso de estudantes que passarão à esfera estadual para a continuidade do atendimento em serviço especializado, trabalhando em estreita colaboração com os professores e garantindo uma transição bem-sucedida e apoiando o progresso acadêmico e emocional de seus filhos.

Durante o processo de transição , há necessidade de considerar as ações descritas no Planejamento Educacional Individualizado (PEI) e os profissionais responsáveis pelo processo de ensino e aprendizagem compreendem a importância do compartilhamento dessas informações, pois para o PAEE, as adaptações e/ou adequação do processo de ensino e de aprendizagem constantes no PEI tem por objetivo facilitar o acesso ao currículo, à participação social e à vida autônoma do PAEE e necessitam ser contínuas no processo que seguirá nas demais etapas.

Ressalta-se que, durante o processo de transição, a criança/estudante passa por mudanças importantes e seu desenvolvimento cognitivo e social impacta em sua forma de pensar, de aprender e de se relacionar consigo, com o outro e com o mundo.

Sendo assim, deve-se priorizar que a transição seja bem mediada, pois contribuirá na base para uma educação contínua e eficaz ao longo da vida escolar.

Edição n.º 1387

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