A inflação às vezes aparece disfarçada para o consumidor. Um dos disfarces é quando o produto não chega a ficar mais caro, mas a embalagem passa a trazer menos unidades ou vem com pesos e medidas menores do que antes. Essa tática é conhecida como “reduflação”, uma estratégia comercial das marcas, de diminuir o produto para não aumentar o preço. Na prática, é uma ilusão e acaba ficando mais caro para o consumidor, que compra menos quantidade com o mesmo dinheiro. Um exemplo clássico é o ovo, que há algum tempo vem sendo vendido em embalagens menores, com 10 ou 20 unidades, quando antes eram vendidos em cartelas com 12 ou 30, respectivamente.
De acordo com o Procon Araucária, a prática não é ilegal, mas a mudança deve ser comunicada em destaque no rótulo para que o consumidor não seja induzido ao erro. “Essa tática bastante utilizada pelos comerciantes vem crescendo no mercado. Temos recebido algumas denúncias com relação a isso, mas sempre orientamos os consumidores que se sentirem lesados a ligarem no SAC (serviço de atendimento ao consumidor) da empresa, para que façam a reclamação formal e com o número de protocolo em mãos, procurem o Procon”, explicou a diretora do Procon Araucária, Sâmara Arruda.
Ela reforçou quando existe o aviso no rótulo, a empresa está cumprindo a lei, caso contrário o consumidor deve reclamar. “Eu arrisco dizer que o consumidor pode até mesmo pedir o dinheiro de volta, caso compre um produto que teve redução e não está devidamente informado, conforme legalmente previsto. Existe uma portaria que fala sobre esse assunto, que valeu até abril, quando veio uma nova”, explicou Sâmara.
Texto: Maurenn Bernardo