Embora os serviços públicos de saúde em Araucária constantemente recebam uma outra crítica por conta da demora no atendimento e agendamento de consultas especializadas e outros procedimentos, é fato que se – colocado na ponta do lápis – o SUS em nossa cidade é sim melhor do que em outros municípios do entorno.
Ser melhor, no entanto, não quer dizer que seja perfeito. Não quer dizer que devamos simplesmente aceitar os problemas. Afinal, Araucária destina anualmente mais de R$ 300 milhões para manter a rede funcionando.
Porém, a atenção que destinamos para as falhas no sistema público de saúde acaba por nos cegar um pouco acerca da falta de atenção que nos é dedicada pela chamada saúde suplementar em Araucária. Os serviços suplementares são aqueles prestados pelos planos de saúde, que têm deixado muito a desejar dentro de nossa cidade.
Nesta edição, por exemplo, trazemos uma matéria sobre a desassistência prestada pela Unimed aos seus milhares de usuários moradores de Araucária quando estes precisam de atendimento de urgência e emergência. Apesar de pagarem valores razoáveis mensalmente para ter acesso também a esse tipo de serviço, os conveniados Unimed não tem no Município sequer um pronto atendimento para procurar quando carecem de um suporte imediato. Resta então a eles se dirigirem aos 24 horas mantidos pela Prefeitura ou trafegarem dezenas de quilômetros até Curitiba, muitas vezes com dores absurdas à procura de ajuda médica. Isto é inaceitável!
E é inaceitável porque são milhares os usuários de planos de saúde como o da Unimed em nossa cidade. É inaceitável também porque, desassistidos desse suporte que o convênio deveria proporcionar, essas pessoas acabam sobrecarregando ainda mais as unidades exclusivamente SUS em busca de um auxílio pelo qual ele paga para ter. E não paga pouco, diga-se de passagem!
É por isso que é importante que você que tem plano de saúde, seja Unimed ou outro, reclame junto a ouvidoria dessas empresas e também junto à Agência Nacional de Saúde (ANS), de modo que os conveniados araucarienses passem a ser respeitados e mais constantemente assistidos.
Pensemos todos nisso e boa leitura.
Edição n. 1354