Quando lá em abril de 1998 circulou a primeira edição de O Popular do Paraná poucos consideraram a possibilidade de que aquele folhetim se tornaria o jornal mais longevo de Araucária.
Concebido pelas mãos e mentes de Carlos do Valle e Adilson Alves da Cruz, O Popular nasceu quase como um jornal colaborativo. E não editorialmente! Estamos falando de colaboração em termos de materiais mesmo. Um amigo da dupla emprestou um telefone, outro uma máquina fotográfica, um terceiro um zipdrive e por aí vai. Mas O Popular ainda precisava de uma sede e ela foi construída literalmente pelas mãos de Carlos e Adilson. Transmutados em carpinteiros e sem nunca sequer terem construído uma casinha de cachorro, eles foram pregando tábuas, fizeram um assoalho em madeira e lá estava a sede de O Popular, bem em frente ao Colégio Estadual Júlio Szymanski.
História bonita? Sim, muito bonita! Mas tinha tudo para dar errado. Carlos tinha uma locadora de VHS na época. Adilson gostava de programação e queria vender sites, isto em 1.998, quando a internet era coisa de outro mundo. Ou seja, entendiam bulhufas de imprensa. Mas sempre esteve escrito em algum lugar do universo que O Popular daria certo. E, amigos que nos acompanham durante todos esses anos, quando algo está escrito, não há quem faça dar errado!
Somos a prova cabal de que uma boa ideia não tem lugar para nascer. O Popular foi pensado no balcão de uma locadora de fitas VHS. Adilson sequer conhecia Carlos quando entrou naquele estabelecimento tentando vender um anúncio para locadora em seu site. Saiu de lá sem vender o tal do anúncio e com Carlão como sócio num jornal impresso. Isto mesmo! Ele foi vender algo no digital e saiu de lá com um sócio numa empresa de comunicação física.
Hoje, tanto Carlos quanto Adilson já não estão mais entre nós. Entre nós aqui no O Popular, claro! Pois graças a Deus ambos gozam de muita saúde e estão aí empreendendo em outros negócios, como sempre fizeram. Embora fisicamente não estejam mais com a gente, a energia e a vontade de realizar de ambos permanece aqui, em todos os cantos. Desde 2017, a gestão desta pequena grande empresa é feita por Fernanda Dutra e Waldiclei Barboza, que aceitaram a missão de cuidar de O Popular quando Carlos decidiu passar o bastão.
Este que vos escreve está aqui desde de 2.004. Fernanda desde 2006 e ambos também jamais imaginaram que suas trajetórias em O Popular duraria tanto tempo. Mas durou e durará. E assim será porque a cidade de Araucária precisa de uma imprensa profissional e feita não para atender a interesses de grupos políticos e sim para atender aos interesses da sociedade araucariense. É ela quem importa! É ela quem precisa de uma imprensa séria, que elogia quando tem que elogiar, que critica racionalmente quando precisa criticar. Que entende que o jornalismo é uma ciência humana e não exata. E tudo o que é humano é passível de acertos e erros, não havendo motivos para não reconhecer os erros quando estes acontecem. Ao longo de 25 anos de vida contamos tudo o que acontece nesta cidade, nos tornarmos o principal arquivo histórico do Município. Demos voz a quem antes não tinha. Contamos causos bons e causos ruins dos mais variados personagens. Afinal, disso é feito nossa vida: de momentos bons e ruins. E ambos precisam sempre ser relatados e sempre serão.
Agradecemos a todos que sempre estiveram com a gente nesta trajetória. Agradecemos aos nossos anunciantes, milhares ao longo de 25 anos. Todos vocês são vitais para nossa sobrevivência, desde os pequenos comerciantes até multinacionais que confiam em O Popular para dar visibilidade a sua marca. Da mesma forma somos muito gratos a todos os nossos leitores, que até naqueles casos em que não gostaram da matéria dada jamais deixaram de ler o que escrevemos. Vocês todos são incríveis!!!
Obrigado, Carlos e Adilson por terem insistido em O Popular. Obrigado a nossa equipe maravilhosa por nos ajudar a fazer O Popular! Obrigado Araucária por acolher O Popular!
Edição n. 1359