Acabou por volta das 17h30 desta sexta-feira, 30 de maio, o julgamento do assassino de Izabel Spies, cruelmente morta com 38 facadas e 4 tiros na manhã de 13 de novembro de 2023.

O homicídio foi praticado com requintes de crueldade por Israel de Souza dos Santos, que era o companheiro da vítima. Eles viveram juntos por vinte anos e tiveram dois filhos.

O júri de Israel começou na manhã desta quinta-feira (29). O corpo de jurados foi composto por quatro mulheres e três homens. No primeiro dia da sessão do júri foram ouvidas nove testemunhas e, por volta das 18h30, o assassino começou a ser interrogado. Ele admitiu ter matado Izabel. Afirmou que deu os tiros em sua então companheira ainda no quarto do casal. No mesmo espaço desferiu alguns golpes de faca. Já ferida, ela saiu correndo pela rua onde moravam, sendo alcançado por seu algoz. Ele afirmou que sobre o asfalto da rua Itararé deu os últimos golpes em Izabel.

Sobre a arma que nunca foi encontrada, Israel afirmou tê-la jogada num rio, mas não soube precisar qual.

Após o interrogatório de Israel o júri foi suspenso. Os jurados tiveram que ficar incomunicáveis para que nada pudesse influenciar na formação de seu convencimento acerca da culpabilidade ou inocência do réu.

Na manhã fria desta sexta o júri foi retomado com a fase de debates entre acusação – exercida pelo Ministério Público e os advogados contratados pela família da vítima – e a defesa de Israel.

Por volta das 17h essa etapa do julgamento foi encerrada e os jurados se reuniram numa sala para proferirem seus votos. Após alguns minutos, eles decidiram que as provas foram suficientes para condenar Israel pelo assassinato de Izabel, com cinco qualificadoras agravantes: motivo fútil, meio cruel, sem possibilidade de defesa, dissimulação e feminicídio. A pena ainda foi aumentada em 1/3 porque o crime foi cometido em frente a um dos filhos.

Com base no entendimento dos jurados, a juíza Priscila Soares Crosetti fixou a pena de Israel em 30 anos de reclusão.

Terminado o julgamento, Israel saiu do tribunal de júri como entrou: preso, mas agora definitivamente condenado pelo assassinato de Izabel Spies, a mãe de seus filhos