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Especialista da Clínica São Vicente esclarece as principais dúvidas sobre as vacinas contra Covid-19
Atualmente existem quatro tipos de vacinas contra a Covid 19 disponíveis e cada uma age de forma diferente no organismo. Foto: Carlos Poly

Há mais de um ano o Ministério da Saúde declarou a Covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância nacional. Após milhares de óbitos em decorrência da doença, a campanha de vacinação contra o vírus começou em janeiro e foi amplamente comemorada. Apesar da sensação de alívio com a chegada dos imunizantes, existem muitas dúvidas entre a população, acerca da vacinação. Considerada a única arma farmacológica contra a Covid-19 até o momento, uma corrida contra o tempo começou logo nos primeiros meses da pandemia. O desenvolvimento de vacinas capazes de frearem a expansão do Sars-Cov-2 envolveu cientistas dos quatro cantos do mundo. Após muitos testes e da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), elas chegaram.

No ano da incerteza, muito se comentou sobre a eficácia das vacinas, como elas agem e quais são as contraindicações. Diante deste cenário de insegurança, o Jornal O Popular conversou com o Doutor Emerson Albertasse, Diretor Técnico da Clínica São Vicente Araucária, que esclareceu as dúvidas mais comuns envolvendo as vacinas. Segundo ele, de modo geral, as vacinas são substâncias que desencadeiam reações imunológicas similares a de algum patógeno (organismo agressor). “Ao simular uma invasão por organismo estranho e, dessa forma, desencadear uma resposta imune, nosso corpo se prepara para uma futura resposta a esse tipo de agressão”, explica o doutor.

Como agem e quais são as vacinas contra à Covid-19

As vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde ao Governo do Estado e distribuídas aos municípios são a CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. As quatro estão disponíveis para a imunização da população e atuam de formas diferentes, uma vez que são produzidas usando métodos distintos. A Butantan/CoronaVac utiliza o vírus inativado, ou seja, não possui capacidade de replicação, mas gera resposta imune. O esquema vacinal é realizado com duas doses, com intervalo de 25 dias entre elas. A vacina fabricada pela AstraZeneca, Oxford e Fiocruz, usa a tecnologia conhecida como vetor viral replicante, o “vírus vivo”. Ele é detectado pelo sistema imune, que cria formas de combater o coronavírus. A vacinação também é realizada em duas doses, com intervalo de 12 semanas.

A Pfizer é a vacina de RNA mensageiro (RNAm), fabricada pela Pfizer e BioNTech. O RNA mensageiro dá comandos ao organismo para produzir proteínas presentes no coronavírus, estimulando o sistema imune a responder e se defender. Ela também precisa de duas doses para imunização completa, com intervalo de 12 semanas. A Janssen, da Johnson & Johnson, chegou recentemente ao Brasil. Diferente das outras vacinas, ela requer apenas uma dose. A tecnologia dela é baseada em vetores de adenovírus não replicante. Quando o paciente recebe o imunizante que carrega a informação genética da doença, o corpo inicia um processo de defesa, criando memória contra o vírus.

Segundo Albertasse, a eficácia da vacina varia de acordo com a tecnologia e o fabricante, porém, todas tem apresentado boas respostas às formas graves da Covid-19, independentemente das cepas. Estudos recentes da Secretaria de Estado da Saúde apontam uma redução no internamento de idosos depois de serem vacinados, em leitos de UTI. Sobre as reações após a imunização, o médico deixa claro que isso não é exclusividade das vacinas contra o coronavírus. “Pode variar de acordo com cada pessoa e tipo de vacina”, diz.

Um ponto importante a ser levado em consideração pela população em relação a vacinação, é de que ela não produz resposta imediata contra o vírus. O tempo especifico para o desenvolvimento de imunidade é relativo, frisam os especialistas. Portanto, é fundamental manter as medidas não farmacológicas de prevenção à transmissão do vírus, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos.

Todos devem tomar a vacina, entretanto, existem contraindicações. “Pessoas que tiveram reações alérgicas, como anafilaxia, à vacina ou a algum componente, não devem tomar, mas isso depende do fabricante”, esclarece Albertasse. Cidadãos que apresentem sintomas gripais ou alguma suspeita de Covid-19 também são orientados a adiarem a imunização até se recuperarem. Isso quer dizer, um intervalo de pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas.

Em Araucária

Especialista da Clínica São Vicente esclarece as principais dúvidas sobre as vacinas contra Covid-19
Foto: Carlos Poly

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Araucária, bem como todos os Estados do país, está seguindo o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Conforme os dados fornecidos pela pasta, o município já vacinou pessoas com 50 anos completos ou mais.

Dúvidas sobre a campanha na cidade podem ser esclarecidas pelo Disk Corona, no telefone 0800-642-5250 todos os dias da semana, das 07 às 19h, e também no site da Prefeitura e redes sociais.

Texto: Katty Ferreira

Publicado na edição 1267 – 24/06/2021

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