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Especialista diz que acidentes de trabalho são um problema de saúde pública
Foto: Divulgação

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada ano, milhares de trabalhadores sofrem acidentes no trabalho, muitos com consequências graves e irreversíveis. Em números mais aproximados, isso representa uma média de oito trabalhadores que perdem a vida por dia. Nesse cenário, a prevenção de acidentes não é apenas um dever legal, mas um compromisso com a vida e o bem-estar dos trabalhadores.

Na empresa, os acidentes de trabalho ocorrem frequentemente durante o exercício das atividades profissionais, resultando em diversos danos para os trabalhadores, que podem variar desde lesões corporais até a perda da capacidade para o trabalho e, em casos extremos, a fatalidade.
Gabriel Prado, especialista em Saúde e Segurança do Trabalhador e também especialista em atendimento pré-hospitalar e prevenção de incêndios, afirma que os acidentes de trabalho são um problema de saúde pública, com números alarmantes. “Informações publicadas no Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho evidenciam que entre os anos de 2016 e 2022, 15,9 mil trabalhadores vieram a óbito aqui no Brasil em acidentes do trabalho”, ilustra.

O especialista diz que houve um aumento significativo de 25,4% no período, uma vez que os números saltaram de 2.265 em 2016 para 2.842 no ano de 2022. “Já em 2023, último ano com dados consolidados, foram registrados 603.825 acidentes de trabalho e 2.694 óbitos relacionados ao trabalho. Os números consideram apenas óbitos de trabalhadores registrados que possuem algum vínculo CLT”, explica.

Gabriel também cita os números de Araucária, onde houve o registro de 818 notificações de acidentes de trabalho em 2022. Entre os acidentes que resultaram em óbito do trabalhador, em 2020 foram seis notificações, cinco em 2021 e duas em 2022.

Dicas para prevenir os acidentes

  1. Identificar e conhecer os riscos associados às atividades da sua empresa.
  2. Fornecer treinamento adequado para todos os funcionários.
  3. Promover o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
    necessários, como capacetes, luvas, óculos de proteção e protetores auriculares.
  4. Manter o local de trabalho organizado, isso reduz a chance de acidentes causados por desordem e falta de espaço.
  5. Estabelecer políticas de uso seguro de máquinas e equipamentos.
  6. Incentivar a comunicação aberta para encorajar os funcionários a relatarem qualquer preocupação ou condição insegura que identificarem.
  7. Realizar inspeções regulares das instalações, máquinas e equipamentos para identificar e corrigir problemas de segurança antes que se tornem acidentes.
  8. Criar planos de resposta a emergências bem definidos, incluindo evacuações e procedimentos para lidar com incidentes imprevistos.
  9. Investir em treinamentos de primeiros socorros para que os funcionários possam prestar assistência imediata em caso de acidentes.
  10. Avaliar e otimizar constantemente a eficácia das medidas de segurança e ajustar as políticas e procedimentos conforme necessário.

Edição n.º 1433.

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