É muito comum que ferimentos mais sérios ocorram no cotidiano das pessoas, seja por algum acidente doméstico ou devido a trabalhos manuais. No entanto, algumas pessoas ainda têm dúvidas referentes a como cuidar de maneira correta desses ferimentos. O doutor Diogo Romariz Peixoto, nefrologista e especialista em feridas da Clínica São Vicente, explica como a equipe médica deve estar preparada para atender o paciente da forma mais segura e prática.

O tratamento de feridas é uma área nova na Clínica, e de acordo com o doutor Diogo, envolve uma equipe multidisciplinar. Nessa situação, é essencial que um médico faça o papel de organizar o atendimento, para assim acionar o especialista adequado no momento exato em que a especialidade for necessária para o paciente, buscando um resultado rápido e assertivo.

Especialista em feridas alerta para cuidados que devem ser tomados com ferimentos mais sérios
Foto: Divulgação. Dr Diogo diz que a interdisciplinaridade traz maior otimização no tratamento de uma ferida.

“Não é incomum encontrarmos profissionais trabalhando isoladamente em busca do fechamento de uma lesão crônica e complexa. Mas diversos trabalhos presentes na literatura científica mostram que a interdisciplinaridade traz maior otimização no processo”, afirma.

Merecem atenção especial, incluindo atendimento e avaliação, as feridas que demoram mais de quatro semanas para cicatrizar, ou apresentem sinais de infecção, como aumento de dor, secreção e vermelhidão. O médico explica que, na prevenção de complicações, como infecções e amputação, é preciso usar todas as terapias disponíveis. “Desta forma, conseguimos levar o paciente para sua vida laboral e social de forma mais rápida, trazendo mais qualidade de vida. Os principais fatores que podem retardar o processo de cicatrização são descompensação de doença crônica (diabetes, hipertensão), inchaço, tabagismo, infecção/inflamação e alteração na circulação”, destaca.

O especialista reforça que cada ferimento, dependendo da fase da ferida, precisa de um curativo específico. Há várias opções disponíveis no mercado, mas que devem ser analisadas para melhor atender a necessidade do estado atual da ferida. Ele ainda dá exemplos de terapias adjuvantes, que auxiliam no tratamento e têm o objetivo de acelerar o processo de cicatrização, como a laserterapia, Terapia por Pressão Negativa e Oxigenoterapia Hiperbárica.

“Assim que nos machucamos e a ferida está aberta, deve-se lavar exaustivamente com água corrente. Depois do primeiro dia a limpeza deve ser feita somente com soro fisiológico ou com produtos específicos para esta finalidade. Não recomendamos limpeza com água de torneira no dia a dia, uma vez que assim podemos levar mais bactérias para a ferida. Lembre-se que a ferida é uma porta de entrada para germes, portanto, o recomendado é a proteção no banho para que sua limpeza seja feita após, somente com soro fisiológico. E se mantivermos sem curativo algum período do dia ou da noite, o risco de infecção aumenta, portanto, ferida deve estar sempre coberta”, orienta.

Serviço

O nefrologista e especialista em feridas Diogo Romariz Peixoto atua com o CRM 23042 e RQE 20814 na Clínica São Vicente, que está localizada na Rua São Vicente de Paulo, n.º 250, no Centro. O telefone para contato (físico e WhatsApp) é (41) 3552-4000.

Edição n.º 1469. Victória Malinowski.