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Evandro Leão: Hora do pesadelo

Imagem de destaque - Evandro Leão: Hora do pesadelo
Foto: Divulgação
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Imagem de destaque - [PREFEITURA] CAMPANHA AGASALHO

Pesadelos, por vezes, nos tiram o fôlego ao acordar. São tantas cenas horripilantes que se passam nesse filme noturno que imploramos ao corpo para despregar rápido os olhos e ter a certeza de que nada daquilo é real. Mas por que passamos por essas experiências e o que, de fato, representa espiritualmente o pesadelo?

Apesar de ao deitar na cama o desejo ser apenas de “apagar”, quando dormimos, de fato, nosso corpo passa pela fase chamada REM (“Rapid Eye Movement”) ou, em português, “Movimento Rápido dos Olhos”. É quando literalmente nossas vistas se movimentam rapidamente, de olhos fechados, que temos acesso aos sonhos e pesadelos muito vívidos. Quem dorme é o corpo, pois nossa atividade cerebral pode até aumentar durante a noite, momento em que diversos ajustes no corpo e nas emoções são promovidos automaticamente.

Carl Gustav Jung, pai da Psicologia Analítica e psiquiatra suíço, nos ensina que nos sonhos temos acesso ao inconsciente coletivo, onde estão todos os símbolos e experiências da nossa sociedade e de nossos ancestrais. Significa dizer que temos acesso a um banco de dados coletivo que nos é repassado por gerações ao longo de nossa aprendizagem social. Culturalmente, isso nos faz associar quase que de imediato um trevo de quatro folhas à sorte e um coração ao amor.

Símbolos são o que mais encontramos nos pesadelos e sonhos, porque, dentro da perspectiva de Jung, um caminho para entendê-los é tentar analisar o que a “cobra”, o “assaltante” e o “sufocamento” representam para você enquanto sujeito no momento da sua vida em que você tem sonhado com isso. Tem se autossabotado ou se sentido traído (cobra)? Está percebendo que as pessoas estão te sugando demais (assalto)? Dívidas altas no momento (sufocamento)?

Espiritualmente, os pesadelos podem nos trazer reflexões sobre as fases mais negativas que estamos atravessando, apresentando um confronto involuntário aos nossos medos e aos aspectos mais sombrios de nosso espírito. Algumas vertentes espiritualistas creem que, de alguma forma, eles também podem conter presságios e advertências sobre eventos futuros, nos alertando que o momento exige mais orações e preces antes de simplesmente tocar a vida no piloto automático.

Durante o sono, estamos mais suscetíveis ao que se chama de desdobramento astral, que é quando nosso espírito temporariamente deixa o corpo para visitar outras culturas terrenas ou celestes e pode contribuir em situações difíceis em que sejam necessários espíritos voluntários (ainda que você não tenha assinado algum termo).

Minha sugestão para você é que, quando os pesadelos forem constantes, escreva-os e busque entendê-los, pesquisando as simbologias e vivências, sempre fazendo um paralelo com seu atual ciclo de vida. Talvez eles te sirvam como chaves para você começar a observar saídas para os eventos mais pesados que você possa estar atravessando.

Contar carneirinhos e sonhar com os anjos é quase que um desejo unânime, mas se por algum motivo um pesadelo vier a surgir, não se desespere. Tente ressignificar o conceito dele e o aprendizado que ele pode proporcionar em sua vida. Desejo para esta semana um sono restaurador! Sigam-me no @tarodafortuna.