Aos 72 anos, João Geraldino de Paula estava acostumado a ter uma vida sedentária. “Eu ainda trabalhava dirigindo uma van, mas não fazia exercício nenhum e só comia”, conta o araucariense, que descobriu em uma consulta médica que estava com o colesterol alto, diabetes e pressão acima do normal. “O médico me falou que eu estava em uma situação complicada e o melhor remédio seria me exercitar, então comecei a pensar nisso”, recorda.
Como tinha filhos e netos frequentando academias da cidade, o senhor Geraldino decidiu apostar na musculação como segredo da juventude, e a receita deu certo. “Ele chegou aqui reclamando de diversos problemas e dores, então começou com um treino leve para fortalecer a musculatura e as articulações. Aos poucos, sua circulação sanguínea foi melhorando e seu corpo foi respondendo aos estímulos a ponto de hoje seu treino ser igual ao de um jovem de 18 anos”, afirma o treinador Leandro Andrade.
Além da força adquirida, Geraldino também teve a alegria de dar adeus às doenças e dores que sofria. “Eu levei a sério os exercícios e também comecei a cuidar da minha alimentação. Por isso, meus últimos exames foram ótimos, eu não sinto mais dores e estou super disposto!”, comemora o senhor de 72 anos. “Sem contar que é muito bom olhar no espelho e ver que estou com os braços do Incrível Hulk”, brinca.
No entanto, não são todos os senhores e senhoras que têm coragem de apostar no levantamento de peso como receita para a qualidade de vida. “Eu tinha dores terríveis na coluna a ponto de travar e não conseguir me abaixar, então chamei algumas amigas para participar dos jogos e aulas de educação física no Centro de Convivência Dr. Ulysses Guimarães”, conta Dona Julita Staidel, de 75 anos.
Segundo ela, a prática das atividades começou há dez anos e hoje ela trocou as dores por muitas amizades e momentos de diversão. “Posso dizer que agora eu tenho saúde e muitas amigas!”, comemora a araucariense, que representa a cidade anualmente nos Jogos Interestaduais de Integração da Terceira Idade, em Guaratuba.
De acordo com Fernanda Vaz, professora de educação física do Centro de Convivência, alunas como Julita participam das atividades adaptadas para sua idade e conseguem resultados significativos com isso. “Elas passam a ter mais saúde, força, agilidade, coordenação motora e ainda melhoram seu psicológico, já que muitos tinham depressão e se sentiam sozinhos antes de participarem das atividades”, conta.
Além disso, ela garante que os participantes têm um ganho significativo no quesito eutoestima e conseguem desempenhar com mais facilidade as tarefas do dia a dia. “Nós atendemos pessoas com boa mobilidade e outras com problemas que dificultam seus movimentos, mas temos diversos casos de pessoas que não conseguiam nem mesmo pentear o cabelo ou amarrar os cadarços que hoje fazem essas tarefas e muitas outras com facilidade”, comemora a professora, que convida outros corajosos para também deixarem o sedentarismo e apostarem nessa fonte da juventude.
Serviço
O Centro de Convivência Dr. Ulysses Guimarães atende pessoas com mais de 55 anos que efetuem o cadastro no local. A instituição está localizada na avenida Brasil, 379, onde atende de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h. Mais informações pelos telefones 3901-5196 e 3901-5413.
Texto: Raquel Derevecki / FOTO: DIVULGAÇÃO / EVERSON SANTOS
