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O GAECO cumpriu na manhã de quarta mandados de prisão preventiva
GAECO prende 5 policiais civis da cidade
O GAECO cumpriu na manhã de quarta mandados de prisão preventiva

O Ministério Público do Paraná, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), prendeu na manhã desta quarta-feira, 15 de fevereiro, cinco policiais civis de Araucária e outro pseudo policial que agia como se fosse da equipe mesmo sem ser agente público.

Nas primeiras horas do dia, o GAECO cumpriu os mandados de prisão preventiva determinados pela Vara Criminal de Araucária na Operação NFL, que indica as iniciais de alguns envolvidos. Foram presos os policiais Fioravante Perruchon dos Santos, Luciano Padilha de Oliveira, Elsira Wagner Antonio, Guilherme Falcão Zamberlan, M.H.C.F. e Nelson Pereira de Lima, que se passava por policial civil com o aval do restante da equipe.

De acordo com a Coordenadoria Estadual do GAECO, eles foram levados para a sede do Grupo para que posteriormente fossem implantados no sistema penitenciário. A acusação já foi entregue à Justiça e agora os detidos aguardam ordem judicial para que sejam, ou não, liberados. Alguns deles foram presos ainda em suas casas e outros quando já estavam na Delegacia de Araucária.

Juntamente a essa Operação, foi apresentada denúncia sobre todos os envolvidos em relação aos crimes de associação criminosa, peculato, concussão e corrupção passiva.

INVESTIGAÇÃO

O GAECO informou que a Operação teve início em 2016 a partir de notícias que chegaram aos investigadores do Grupo. Com as informações, a equipe foi juntando as peças do “quebra-cabeça” e conseguiu apurar os dados que integram a acusação.

Conforme apurado pelo GAECO, Nelson, o homem que agia como policial civil, além de usurpar função pública em conluio com os demais policiais, realizava levantamentos em residências onde havia a suspeita de práticas criminosas. Em alguns casos, há a informação de que ele negociava valores com a pessoa envolvida no crime para que, na delegacia, fosse “aliviada” a situação em questão. Fora isso, Nelson ainda cobrava dinheiro em nome da Polícia Civil para um suposto calendário.

Em um dos casos destacados na denúncia, dois policiais teriam exigido dinheiro para alterar a situação de uma pessoa detida. Em vez de tráfico de drogas, os policiais a classificariam como uso de entorpecente. Nesta situação, eles ainda teriam devolvido uma pequena porção de droga ao detido.

Já em outra situação, teria existido uma negociação em que foram pedidos R$ 40 mil, um veí­culo e um relógio para que não constasse que a pessoa envolvida tinha comprometimento com outro crime.

Ainda, em outro fato citado na denúncia, teria sido exigido o pagamento de R$ 50 mil de suspeitos de homicídio para não solicitar prisão cautelar à Justiça.

CORREGEDORIA DA POLÍCIA CIVIL

A Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC), informou que segue acompanhando a Operação NFL e que abrirá um procedimento administrativo interno para apurar as responsabilidades administrativas dos servidores envolvidos no caso.

A direção da Polícia Civil ressaltou que qualquer ato em desconformidade com as regras de conduta contidas nas leis e no estatuto da Polícia Civil será rigorosamente apurado.

REDAÇÃO E ASSESSORIA / Foto: Everson Santos

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